O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cobrou do colega americano Donald Trump uma "posição clara" acerca do comprometimento dele com as negociações acerca de uma eventual trégua no conflito com a Rússia.
"Antes do fim da guerra, eu realmente quero ter todos os acordos prontos. Eu quero ter um documento apoiado pelos Estados Unidos e pelos parceiros europeus. Para que isso ocorra, nós precisamos de uma posição clara do presidente Trump", disse ele à rede britânica Sky News nesta terça-feira (16).
Ele se referia às chamadas garantias de segurança, um conjunto de medidas que evitaria novas invasões russas em caso de haver um cessar-fogo entre Kiev e Moscou, que invadiu o vizinho em 24 de fevereiro de 2022.
Zelenski e vários líderes europeus querem que essa salvaguarda se materialize na forma de uma força de paz, algo que Vladimir Putin rejeita de forma peremptória. A ameaça de entrada da Ucrânia na aliança militar Otan e consequente presença de tropas ocidentais no país é um dos motivos para o começo da guerra. O presidente da Ucrânia publicou no X nesta terça-feira que, apenas nas duas primeiras semanas de setembro, a Rússia lançou 3.500 drones e quase 190 mísseis contra seu país, sugerindo mais um mês recorde na violência.
"Também houve provocações a nossos parceiros", escreveu, em relação ao episódio polonês, que levou à criação de uma missão específica da Otan para reforçar os céus do Leste Europeu. Nesta terça, o secretário de Defesa britânico, John Healey, disse que "se houver drones colocando vidas polonesas em risco, então a Otan vai agir para tirá-los de ação", afirmou.
Nesta madrugada e manhã, a Rússia seguiu lançando drones contra a Ucrânia. Ao menos duas pessoas morreram em Zaporíjia (sul), onde um grande incêndio atingiu casas após o bombardeio. Em Kharkiv (norte), uma pessoa filmou a hora em que um drone suicida atingiu um edifício no centro da cidade, a segunda maior da Ucrânia.
Os russos afirmam ter atingido um centro de distribuição de gás em Sumy, no norte ucraniano. Já Kiev afirmou ter atingido a terceira refinaria russa desde o fim de semana com drones, desta vez em Saratov, no sul do país de Putin.
Agências