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Publicada em 15 de Setembro de 2025 às 20:02

China se opõe a restrições do G7 referentes à compra de petróleo russo

 Peskov voltou a acusar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de se envolver diretamente no conflito

Peskov voltou a acusar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de se envolver diretamente no conflito

NATALIA KOLESNIKOVA/AFP/JC
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Agências
A China se opõe a restrições econômicas e comerciais sob o "pretexto" de compra do petróleo da Rússia, afirmou o porta-voz do Ministério do Comércio chinês ao comentar relatos de que os EUA teriam pedido a aliados do G7 para impor sanções de 50% a 100% contra a China.
A China se opõe a restrições econômicas e comerciais sob o "pretexto" de compra do petróleo da Rússia, afirmou o porta-voz do Ministério do Comércio chinês ao comentar relatos de que os EUA teriam pedido a aliados do G7 para impor sanções de 50% a 100% contra a China.
"A imposição de tarifas secundárias, com o interesse de coagir partes relevantes, é um exemplo clássico de intimidação unilateral e coerção econômica", disse o porta-voz, em coletiva de imprensa realizada ontem.
O Ministério do Comércio da China acusou a medida de violar o consenso alcançado entre líderes chineses e americanos, além de ameaçar impactos severos no comércio e na estabilidade de cadeias de oferta global. "Se qualquer parte prejudicar nossos interesses, tomaremos as medidas necessárias para protegê-los", alertou.
O porta-voz pediu que os Estados Unidos "exerçam cautela" em suas ações, resolvam diferenças econômicas com a China por meio do diálogo e trabalhem em conjunto para garantir a ordem comercial mundial e a estabilidade das cadeias de produção.
Enquanto isso, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou, nesta segunda-feira, que ainda não há avanços na organização de uma cúpula sobre a questão ucraniana. Segundo ele, declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que a próxima reunião será acordada em breve são "infundadas".
Além disso, Peskov voltou a acusar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de se envolver diretamente no conflito. "A Otan está envolvida nesta guerra", disse, ao afirmar que a aliança fornece "apoio direto e indireto ao regime de Kiev". Para ele, "pode-se dizer com absoluta certeza que a Otan está lutando contra a Rússia".
Em conversa com repórteres, Peskov declarou que há uma pausa nas tratativas com os EUA e com a Ucrânia. "Não há flexibilidade na posição ucraniana, nem disposição do regime de Kiev para realmente iniciar uma discussão séria", disse. Nessas condições, acrescentou, "uma reunião sem preparação seria absolutamente inútil".
 

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