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Publicada em 10 de Setembro de 2025 às 15:10

França tem protestos e greve contra nomeação do novo premiê Sébastian Lecornu

Protestos pareceram até agora ser menos intensos do que outras manifestações durante o governo Macron

Protestos pareceram até agora ser menos intensos do que outras manifestações durante o governo Macron

Ian LANGSDON/AFP/JC
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Agências
Manifestantes bloquearam estradas, atearam fogo e foram recebidos com rajadas de gás lacrimogêneo nesta quarta-feira (10), em Paris e em outros lugares da França, aumentando a pressão sobre o presidente Emmanuel Macron em meio a nomeação do primeiro-ministro Sébastian Lecornu após a saída de François Bayrou. O ministério do interior da França anunciou 250 prisões nas primeiras horas do que foi um dia planejado de manifestações nacionais contra Macron, cortes no orçamento e outras queixas.
Manifestantes bloquearam estradas, atearam fogo e foram recebidos com rajadas de gás lacrimogêneo nesta quarta-feira (10), em Paris e em outros lugares da França, aumentando a pressão sobre o presidente Emmanuel Macron em meio a nomeação do primeiro-ministro Sébastian Lecornu após a saída de François Bayrou. O ministério do interior da França anunciou 250 prisões nas primeiras horas do que foi um dia planejado de manifestações nacionais contra Macron, cortes no orçamento e outras queixas.
Embora não tenha alcançado sua intenção declarada de "bloquear tudo", o movimento de protesto que começou online durante o verão causou pontos de perturbação em larga escala, desafiando um destacamento excepcional de 80 mil policiais que desmontaram barricadas e fizeram prisões rapidamente.
Os protestos pareceram até agora ser menos intensos do que outras manifestações durante o governo Macron, como os protestos dos coletes amarelos entre 2018 e 2019 no primeiro mandato do presidente francês. Em seu segundo mandato, Macron também sofreu com manifestações por conta das reformas do sistema de pensões da França em 2022.
Apesar do tamanho ser menor do que o esperado, os protestos ressaltaram a crise política na França, em meio a queda de François Bayrou como primeiro-ministro. Bayrou perdeu o cargo depois de um voto de confiança do Parlamento francês. Na terça-feira, Macron nomeou Lecornu como novo primeiro-ministro e os protestos se iniciaram.
Cerca de 100 outras pessoas foram detidas pela polícia em outras partes da França, de acordo com a contagem do ministério do Interior. Bloqueios de estradas e outros protestos se espalharam amplamente - desde a cidade portuária de Marselha até Lille e Caen no norte, e Nantes e Rennes no oeste até Grenoble e Lyon no sudeste.
A França passa por um ciclo prolongado de instabilidade, com um governo minoritário que não consegue se acertar com a oposição à esquerda e à direita do espectro político. Lecornu, o novo primeiro-ministro que anteriormente serviu como ministro da Defesa, agora herda a tarefa de lidar com as dificuldades orçamentárias da França, enfrentando a mesma instabilidade política e hostilidade generalizada contra Macron que contribuíram para a queda de Bayrou.
 

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