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Publicada em 18 de Agosto de 2025 às 20:11

Trump promete impedir nova invasão, mas volta a defender partilha da Ucrânia

Presidente dos EUA recebeu Zelensky, Ursula, Macron, Meloni e Merz; garantia de segurança passaria por cedência de território para a Rússia  

Presidente dos EUA recebeu Zelensky, Ursula, Macron, Meloni e Merz; garantia de segurança passaria por cedência de território para a Rússia 

ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/JC
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Agências
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) após os encontros com líderes europeus que “se der certo, afirmou estar pronto para ajudar a Europa a dar garantias para que a Rússia não volte a invadir o vizinho. Por outro lado, voltou a dizer que haverá trocas territoriais, ou seja, perda para Kiev.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) após os encontros com líderes europeus que “se der certo, afirmou estar pronto para ajudar a Europa a dar garantias para que a Rússia não volte a invadir o vizinho. Por outro lado, voltou a dizer que haverá trocas territoriais, ou seja, perda para Kiev.
"Pode dar certo ou não, mas temos de dar nosso melhor", afirmou em frente do ucraniano Volodymyr Zelensky e de seis líderes europeus convocados à Casa Branca para uma cúpula em miniatura, três dias após o republicano receber Vladimir Putin para uma cúpula no Alasca.
Das declarações do americano foram tiradas confirmações do que circulou desde o Alasca. Trump reiterou que Putin aceitou pela primeira vez que os EUA deem algum tipo de garantia de segurança para a Ucrânia após o fatiamento do país, talvez de forma análoga ao artigo 5 da carta da Otan, que prevê defesa mútua em caso de ataque a qualquer um dos 32 membros da aliança militar.
Turmp disse que os EUA iriam "dar boa proteção" a Kiev e, questionado se isso incluiria o envio de tropas, disse genericamente que nada está descartado. Pelo sim, pelo não, o Kremlin reafirmou que não aceitará tropas ocidentais em solo ucraniano, como já é sabido.
A Zelensky foi apresentado um prato feito de perdas territoriais, mas ele insistiu quer o tema só pode ser debatido nas conversas trilaterais entre ele, Trump e Putin. Resta combinar com o russo, claro, que já descartou isso antes.
Macron foi enfático ao dizer que apenas com os três à mesa será possível avançar. Defensor de uma inviável, do ponto de vista de Moscou, força de paz europeia na Ucrânia, ele se limitou a dizer que  é necessário haver "um Exército crível" no país, rejeitando assim a ideia de limitar as forças de Kiev.
Além de Trump e Zelensky, que se reuniram bilateralmente minutos antes, participam da reunião multilateral o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte; a presidente da Comissão Europeia - braço executivo da UE -, Ursula Von der Leyen; o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; o presidente da Finlândia, Alexander Stubb; o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz; e o presidente da França, Emmanuel Macron.

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