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Publicada em 14 de Agosto de 2025 às 18:17

Reunião no Alasca pode definir guerra na Ucrânia

Base militar Elmendorf-Richardson será o palco da cúpula dos líderes

Base militar Elmendorf-Richardson será o palco da cúpula dos líderes

Drew ANGERER/AFP/JC
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Agências
A aguardada reunião de cúpula entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, para discutir um possível acordo de cessar-fogo na Ucrânia, está programada para começar às 16h30min (de Brasília) desta sexta-feira (15). Os líderes vão se encontrar na base militar Elmendorf-Richardson, no Alasca. A base aérea é, desde a Guerra Fria, a linha de frente de interceptação de ameaças russas e, agora, chinesas também na região. Abordagens a bombardeios dos rivais ocorrem com frequência. Ela opera cerca de 40 caças furtivos F-22, o mais poderoso dos EUA, mais do que qualquer unidade militar do país. As instalações adjacentes, que abrigam 30 mil pessoas, sedia o Comando do Alasca e o controle do Norad, o sistema de vigilância contra ataques nucleares do Hemisfério Norte, na região. LEIA TAMBÉM: Trump faz novas ameaças a Putin caso não aceite trégua Trump e Putin terão uma reunião privada, com a participação de intérpretes, que será seguida por discussões entre as delegações dos dois países, informa o Kremlin. Posteriormente, os presidentes deverão participar de coletiva de imprensa conjunta para divulgar os resultados das conversas. A delegação russa incluirá o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e o ministro da Defesa, Andrei Belousov, entre outros. Além da guerra entre Rússia e Ucrânia, a reunião deverá abordar questões mais amplas de garantia da paz e da segurança, bem como assuntos internacionais e regionais. "Espera-se uma troca de opiniões sobre o desenvolvimento da cooperação bilateral, inclusive nas esferas comercial e econômica", disse o assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, no comunicado. Putin, elogiou os "esforços enérgicos e sinceros" dos Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia e levantou a possibilidade de um acordo sobre armas nucleares antes da reunião com Trump. Em um encontro com membros do alto escalão do governo em Moscou, Putin disse que há a intenção por parte de Washington de alcançar um acordo favorável a todas as partes envolvidas visando a paz em longo prazo. Segundo ele, as condições favoreceriam a redução de conflitos na Europa e em todo o mundo. Já Trump admitiu haver 25% de chance de o encontro fracassar no esforço para encerrar a guerra da Ucrânia. Em entrevista à Fox News, o republicano avisou que autorizará novas sanções contra Moscou se a reunião não for bem-sucedida em acabar com o conflito. O presidente não será acompanhado por assessores.  Apesar disso, Trump buscou conter as expectativas mais otimistas para a conversa. Segundo ele, o encontro apenas prepara o terreno para uma segunda reunião, esta potencialmente com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. "Quero um acordo de paz o mais rápido possível, mas com base nos resultados desta reunião, decidirei se convidarei o presidente ucraniano", ressaltou. O republicano disse ainda que, se a reunião for bem-sucedida, ligará para Zelensky e para outros líderes europeus na sequência. Um segundo encontro, este com líder ucraniano, poderia acontecer depois. Trump disse ter pelo menos três lugares em mente para sediar a nova reunião. "Seria mais conveniente ser no Alasca", explicou. LEIA TAMBÉM: Líderes europeus pedem que Trump inclua a Ucrânia no encontro com Putin Trump, que conduz sua política externa com base no instinto e nas relações pessoais, disse na segunda-feira que a reunião de cúpula com Putin seria “uma sondagem”, acrescentando que “em dois minutos” saberia se seria possível obter progressos.
A aguardada reunião de cúpula entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, para discutir um possível acordo de cessar-fogo na Ucrânia, está programada para começar às 16h30min (de Brasília) desta sexta-feira (15). Os líderes vão se encontrar na base militar Elmendorf-Richardson, no Alasca.
A base aérea é, desde a Guerra Fria, a linha de frente de interceptação de ameaças russas e, agora, chinesas também na região. Abordagens a bombardeios dos rivais ocorrem com frequência. Ela opera cerca de 40 caças furtivos F-22, o mais poderoso dos EUA, mais do que qualquer unidade militar do país. As instalações adjacentes, que abrigam 30 mil pessoas, sedia o Comando do Alasca e o controle do Norad, o sistema de vigilância contra ataques nucleares do Hemisfério Norte, na região.
Trump e Putin terão uma reunião privada, com a participação de intérpretes, que será seguida por discussões entre as delegações dos dois países, informa o Kremlin. Posteriormente, os presidentes deverão participar de coletiva de imprensa conjunta para divulgar os resultados das conversas.
A delegação russa incluirá o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e o ministro da Defesa, Andrei Belousov, entre outros. Além da guerra entre Rússia e Ucrânia, a reunião deverá abordar questões mais amplas de garantia da paz e da segurança, bem como assuntos internacionais e regionais.
"Espera-se uma troca de opiniões sobre o desenvolvimento da cooperação bilateral, inclusive nas esferas comercial e econômica", disse o assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, no comunicado.
Putin, elogiou os "esforços enérgicos e sinceros" dos Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia e levantou a possibilidade de um acordo sobre armas nucleares antes da reunião com Trump.
Em um encontro com membros do alto escalão do governo em Moscou, Putin disse que há a intenção por parte de Washington de alcançar um acordo favorável a todas as partes envolvidas visando a paz em longo prazo. Segundo ele, as condições favoreceriam a redução de conflitos na Europa e em todo o mundo.
Já Trump admitiu haver 25% de chance de o encontro fracassar no esforço para encerrar a guerra da Ucrânia. Em entrevista à Fox News, o republicano avisou que autorizará novas sanções contra Moscou se a reunião não for bem-sucedida em acabar com o conflito. O presidente não será acompanhado por assessores. 
Apesar disso, Trump buscou conter as expectativas mais otimistas para a conversa. Segundo ele, o encontro apenas prepara o terreno para uma segunda reunião, esta potencialmente com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. "Quero um acordo de paz o mais rápido possível, mas com base nos resultados desta reunião, decidirei se convidarei o presidente ucraniano", ressaltou.
O republicano disse ainda que, se a reunião for bem-sucedida, ligará para Zelensky e para outros líderes europeus na sequência. Um segundo encontro, este com líder ucraniano, poderia acontecer depois. Trump disse ter pelo menos três lugares em mente para sediar a nova reunião. "Seria mais conveniente ser no Alasca", explicou.
Trump, que conduz sua política externa com base no instinto e nas relações pessoais, disse na segunda-feira que a reunião de cúpula com Putin seria “uma sondagem”, acrescentando que “em dois minutos” saberia se seria possível obter progressos.

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