Os líderes da União Europeia (UE) voltaram a apelar nesta terça-feira (12), para que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, leve em conta os interesses da Ucrânia no encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, marcado para sexta-feira (15), no Alasca.
Em um comunicado divulgado nesta terça, os europeus dizem que "acolhem os esforços do presidente Trump para acabar com a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia". Mas, ressaltam, "o caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia."
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"Uma paz justa e duradoura que traga estabilidade e segurança deve respeitar o direito internacional, incluindo os princípios de independência, soberania, integridade territorial e que as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força", diz a declaração.
Os europeus buscam exercer alguma influência sobre a cúpula da qual foram excluídos. Trump tenta convencer Putin a pôr fim à guerra, mas já sinalizou que um acordo deverá incluir a transferência de territórios da Ucrânia para a Rússia - o que desagrada os europeus.
Já a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta terça-feira (12), que a ideia da reunião entre os dois presidentes é entender como acabar com a guerra e que, por isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não participará desse primeiro encontro. Em coletiva de imprensa, Karoline disse que a reunião de Trump e Putin será a dois e que talvez haja planos de o republicano viajar para a Rússia no futuro.