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Publicada em 25 de Julho de 2025 às 17:19

Nove pessoas morrem de fome em Gaza e Israel promete liberar ajuda aérea

Nos últimos dias imagens de crianças esqueléticas estamparam capas dos principais jornais internacionais

Nos últimos dias imagens de crianças esqueléticas estamparam capas dos principais jornais internacionais

Omar AL-QATTAA/AFP/JC
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Agências
A crise de desnutrição severa em Gaza entrou no seu quinto dia com a morte de mais nove pessoas por fome aguda, segundo autoridades médicas no território palestino, controlado pelo grupo terrorista Hamas. No total, 54 pessoas morreram de fome nesta semana e 122, desde o início do conflito - 83 delas são crianças.
A crise de desnutrição severa em Gaza entrou no seu quinto dia com a morte de mais nove pessoas por fome aguda, segundo autoridades médicas no território palestino, controlado pelo grupo terrorista Hamas. No total, 54 pessoas morreram de fome nesta semana e 122, desde o início do conflito - 83 delas são crianças.
Sob pressão da comunidade internacional, o governo israelense prometeu permitir que países árabes façam entrega de comida, remédio e água por via aérea, com aviões despejando pacotes com paraquedas sobre o território devastado pelo conflito.
As entregas serão feitas pelos Emirados Árabes e a Jordânia, segundo a imprensa israelense. O procedimento, no entanto, não é recomendado por especialistas e agências de ajuda humanitária, já que o risco de provocar tumulto entre civis afetados pela fome é grande. Além disso, a precisão das entregas aéreas não é garantida e parte dos mantimentos pode cair no mar ou fora das fronteiras do território ocupado por Israel.
Segundo entidades como o Comitê Internacional de Resgate e o Programa Mundial de Alimentos da ONU, cerca de 500 mil palestinos, de uma população de 2 milhões, sofrem insegurança alimentar e outros 100 mil estão em situação de inanição. Um terço da população chega a ficar vários dias sem comer e há o temor de que a situação piore sensivelmente nos próximos dias.
Atualmente, 70 caminhões entram por dia em Gaza, de um total de 160 previsto por um acordo entre Israel e a União Europeia. O mínimo viável, segundo o Programa Mundial de Alimentos, são 100.
Desde o início da guerra, Israel restringe a entrada de alimentos e combustível em Gaza, mas entre março e maio, proibiu completamente a distribuição de ajuda humanitária em Gaza para tentar pressionar o Hamas a se render, exacerbando a já severa privação que afetava o território palestino.
Nos últimos dias imagens de crianças esqueléticas estamparam as redes sociais e as capas dos principais jornais internacionais, ampliando a pressão internacional por um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Apesar da pressão, no entanto, Israel e EUA paralisaram as negociações na quinta-feira (24), acusando o Hamas de não fazer concessões suficientes para uma trégua. O grupo não aceita os postos de controle do Exército israelense durante a potencial paralisação de 60 dias no conflito. O Hamas, no entanto, diz que os EUA optaram por abandonar as negociações.
Na manhã desta sexta (25), na Casa Branca, o presidente americano, Donald Trump, acusou o Hamas de não querer o acordo e disse que Israel precisa "liquidar" a situação. "O Hamas será caçado", disse. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que estuda outras medidas para resgatar os cerca de 20 reféns que ainda estão em poder do Hamas em Gaza.

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