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Publicada em 14 de Julho de 2025 às 18:18

Índia e Coreia do Sul determinam inspeção em jatos da Boeing

Boeing 787 da Air India que matou 260 pessoas no mês passado após a decolagem na cidade indiana de Ahmedabad

Boeing 787 da Air India que matou 260 pessoas no mês passado após a decolagem na cidade indiana de Ahmedabad

CENTRAL INDUSTRIAL SECURITY FORCE/AFP/JC
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Agências
Os governos da Índia e da Coreia do Sul determinaram nesta segunda (14) a inspeção dos botões de controle de fornecimento de combustível de aeronaves da fabricante norte-americana Boeing operadas por empresas de ambos os países.
Os governos da Índia e da Coreia do Sul determinaram nesta segunda (14) a inspeção dos botões de controle de fornecimento de combustível de aeronaves da fabricante norte-americana Boeing operadas por empresas de ambos os países.
As duas pequenas alavancas estão no centro do escrutínio em torno do acidente com um Boeing 787 da Air India que matou 260 pessoas no mês passado após a decolagem na cidade indiana de Ahmedabad. Houve um único sobrevivente.
O relatório preliminar da autoridade aeronáutica do país, divulgado no sábado (12), mostrou que ambos os seletores foram desligados logo após o avião deixar o chão, cortando imediatamente a potência dos motores.
Segundo o documento, um dos pilotos questionou o outro o motivo do corte, e a resposta foi que ele não havia feito nada. Não fica claro qual dos aviadores que fez a pergunta, se o experiente capitão com 15,6 mil horas de voo ou o copiloto, com 3.400 horas.
Em dezembro de 2018, a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA emitiu uma recomendação de inspeção nos botões após o relato feito à Boeing por alguns operadores de modelos 737 de que os botões não travavam corretamente para cortar ou liberar o combustível e ligar os motores.
A recomendação não era mandatória, já que não foi apontado um risco iminente. A Air India não havia feito o procedimento, por exemplo. Ele era sugerido a nove famílias de aviões da Boeing, inclusive três da antiga McDonnell-Douglas, rival comprada pela americana.
Questionada, a empresa e a Anac, o órgão regulador brasileiro, se há alguma aeronave que se encaixa nos parâmetros da recomendação da FAA e se já houve alguma inspeção depois de 2018. No Brasil, a medida pode ou não afetar aviões da Gol, que opera modelos 737 antigos e novos.
Os dados das caixas-pretas indicaram o movimento nos seletores, o que leva a três hipóteses básicas: que algum piloto inadvertidamente mexeu nos botões; que houve o problema apontado na recomendação da FAA e elas se deslocaram sozinhas ou se um dos aviadores fez o movimento de propósito.
 

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