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Publicada em 22 de Junho de 2025 às 15:49

Brasil condena ataques de Israel e dos EUA a instalações no Irã

Itamaraty diz que o Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas

Itamaraty diz que o Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas

Violeta Santos Moura/Reuters/Divulgação/JC
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Agências
O governo brasileiro vê com grave preocupação a escalada militar no Oriente Médio e condena "com veemência" ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, "em violação da soberania do Irã e do direito internacional", informou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores na tarde deste domingo (22). "Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala", diz comunicado do Itamaraty.
O governo brasileiro vê com grave preocupação a escalada militar no Oriente Médio e condena "com veemência" ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, "em violação da soberania do Irã e do direito internacional", informou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores na tarde deste domingo (22). "Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala", diz comunicado do Itamaraty.
Ainda segundo a nota, o governo brasileiro reitera sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e rejeita "com firmeza" qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio. O Itamaraty acrescenta que o Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, que têm provocado crescente número de vítimas e danos a infraestrutura civis, incluindo instalações hospitalares, que são especialmente protegidas pelo direito internacional humanitário.
Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio. No sábado (21), os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário.
No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã. Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo presidente Donald Trump.

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