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Publicada em 17 de Junho de 2025 às 20:02

Justiça argentina concede prisão domiciliar para Cristina Kirchner

Condenação de Cristina está relacionada ao caso Vialidad, que envolve contratos rodoviários assinados durante sua presidência

Condenação de Cristina está relacionada ao caso Vialidad, que envolve contratos rodoviários assinados durante sua presidência

Luis ROBAYO/AFP/JC
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Agências
Após mais de uma semana de espera, a Justiça da Argentina concedeu nesta terça-feira (17) prisão domiciliar à ex-presidente Cristina Kirchner, que teve sua pena de seis anos confirmada na última semana pela Suprema Corte do país.
Após mais de uma semana de espera, a Justiça da Argentina concedeu nesta terça-feira (17) prisão domiciliar à ex-presidente Cristina Kirchner, que teve sua pena de seis anos confirmada na última semana pela Suprema Corte do país.
Presidente da Argentina por dois mandatos (2007-2015), Cristina pedia para cumprir a sentença de seis anos de prisão, por administração fraudulenta em prejuízo do Estado, em sua casa, em Buenos Aires. Sua defesa também pedia que ela não precisasse usar tornozeleira eletrônica, o que a Justiça negou.
A legislação penal argentina permite que pessoas com mais de 70 anos - Cristina tem 72 - tenham acesso ao benefício da prisão domiciliar, desde que cumpram determinadas condições e sejam autorizadas pelo tribunal correspondente.
Antes que a Justiça se pronunciasse, os promotores federais Diego Luciani e Sergio Mola haviam recomendado que o pedido de prisão domiciliar da ex-presidente fosse negado. Em um parecer que já era esperado, os promotores apontaram que um outro condenado no mesmo caso, o ex-secretário de Obras Públicas José López, ficará na prisão de Ezeiza (na Grande Buenos Aires).
Na semana passada, Cristina anunciou que iria se apresentar ao tribunal nesta quarta-feira (18), quando termina o prazo para que comece a cumprir sua pena de seis anos, confirmada pela Suprema Corte da Argentina. Em sua conta no X, ela afirmou que não é parte da "direita mafiosa" que se esquiva das ordens judiciais e alegou que sempre cumpre suas obrigações perante a Justiça.
Cristina lembrou que, como ex-mandatária, deveria ter proteção vitalícia devido aos riscos enfrentados por aqueles que ocupam altos cargos. Ela também mencionou um atentado em sua vida ocorrido em 2022, ressaltando que o ataque não se concretizou por um milagre e criticou a Justiça por não avançar nas investigações sobre os mandantes do crime.
 

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