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Publicada em 05 de Junho de 2025 às 20:06

Celebrado pela prefeita de Paris, Lula inaugura 'floresta urbana'

Lula e Janja foram recebidos por Macron e Brigitte no Palácio Eliseu

Lula e Janja foram recebidos por Macron e Brigitte no Palácio Eliseu

Ludovic MARIN/AFP/JC
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Agências
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido às 12h de Brasília (17h na França), na prefeitura de Paris, nesta quinta-feira (5), onde descerrou uma placa inaugurando uma "floresta urbana" na esplanada diante da sede do governo da capital francesa. A obra ainda está incompleta, e a abertura deveria acontecer apenas no mês que vem, mas foi antecipada para que Lula pudesse ser homenageado com seu nome na placa inaugural.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido às 12h de Brasília (17h na França), na prefeitura de Paris, nesta quinta-feira (5), onde descerrou uma placa inaugurando uma "floresta urbana" na esplanada diante da sede do governo da capital francesa. A obra ainda está incompleta, e a abertura deveria acontecer apenas no mês que vem, mas foi antecipada para que Lula pudesse ser homenageado com seu nome na placa inaugural.
A presença do brasileiro foi saudada pela prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo, que o chamou de "lenda viva" diante de uma plateia de 600 convidados, a maioria brasileiros que vivem na França. Ela afirmou que viajará ao Brasil para a COP 30. "Estarei a seu lado em novembro para ver, o Acordo de Belém ser fechado."
No evento, Lula abraçou Lélia Salgado, viúva do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, morto em 23 de maio. "É uma pena que Sebastião não esteja, porque ele era tão feliz cada vez que via Lula. O senhor foi o melhor presidente que o Brasil já teve", discursou Lélia, que vive em Paris.
Animado, o presidente falou sobre o evento anterior ao qual compareceu, na Academia Francesa, onde foi homenageado e recebeu uma medalha. "Hoje eu trouxe uma palavra para enriquecer o dicionário francês. Fui convidado para ir à Academia Francesa. O segundo personagem brasileiro, o primeiro foi Dom Pedro. Fico orgulhoso porque tenho um curso técnico feito no Senai e de ter trazido uma palavra, para enriquecer o dicionário francês, que é 'multilateralismo'."
Mais cedo, Lula foi recebido pelo presidente da França, Emannuel Macron, no Palácio do Eliseu. Depois, em declaração à imprensa ao lado do líder francês, pediu que ele "abrisse o coração" para um acordo da União Europeia com o Mercosul.
O jantar de Estado oferecido por Macron e a esposa Bridgte ocorreu por volta das 20h30min (15h30min em Brasília) no Palácio do Eliseu. O evento reuniu autoridades e personalidades dos dois países. À noite, a Torre Eiffel foi iluminada com as cores da bandeira brasileira, outra rara deferência dos franceses a Lula.
Em entrevista coletiva ao lado de Macron, o petista defendeu que o mundo precisa trabalhar a regulação das redes sociais. Sem se aprofundar no cenário brasileiro, ele afirmou que o Parlamento precisa ter "coragem" e, caso não se posicione, é preciso haver atuação da Suprema Corte dos países.
Lula também voltou a criticar o "genocídio premeditado" na Faixa de Gaza. "Não é possível a gente aceitar uma guerra que não existe. É um genocídio premeditado de um governante de extrema direita que está fazendo uma guerra, inclusive, contra os interesses do seu próprio povo. Porque a Israel, ao povo judeu, também não interessa essa guerra", disse, em resposta a uma pergunta da imprensa, sem citar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Nesta sexta, Lula recebe o título de doutor honoris causa da Universidade Paris 8 e inaugura duas exposições de arte brasileira no Grand Palais, pavilhão de exposições histórico no centro de Paris.
 

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