Um político de esquerda que alertou contra a dependência excessiva da Coreia do Sul em relação aos EUA desponta como vencedor da eleição presidencial do país, de acordo com pesquisas de boca de urna, em um resultado que pode mudar as relações de Seul com a China e a Coreia do Norte.
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Lee Jae-myung, ex-líder do Partido Democrata de 61 anos que sobreviveu a uma tentativa de assassinato no ano passado, aparecia com 51,7% dos votos, segundo pesquisas de boca de urna realizadas por três emissoras. Seu principal concorrente, Kim Moon-soo, ex-ministro conservador do Trabalho, tinha projeção de 39,3%.
A liderança da Coreia do Sul vem sofrendo constantes mudanças desde que o ex-presidente conservador Yoon Suk Yeol invocou a lei marcial em 3 de dezembro. O decreto, que teve curta duração, levou à sua destituição do cargo. O país teve três presidentes interinos diferentes desde então.
Lee, ex-operário de fábrica, prometeu dar continuidade ao manual de política externa de Yoon: expandir a aliança com os EUA, cooperar com o Japão e desafiar a Coreia do Norte em questões de direitos humanos.
Mas Lee, que já se comparou a Bernie Sanders, não quer que as relações da Coreia do Sul com os EUA excluam laços com a China ou a Rússia.
Ele considera o relacionamento de Seul com Washington o "eixo básico de nossa diplomacia". No entanto, "isso não significa que devemos confiar completamente na aliança com os EUA", disse Lee, no mês passado.
Lee Jae-myung, ex-líder do Partido Democrata de 61 anos que sobreviveu a uma tentativa de assassinato no ano passado, aparecia com 51,7% dos votos, segundo pesquisas de boca de urna realizadas por três emissoras. Seu principal concorrente, Kim Moon-soo, ex-ministro conservador do Trabalho, tinha projeção de 39,3%.
A liderança da Coreia do Sul vem sofrendo constantes mudanças desde que o ex-presidente conservador Yoon Suk Yeol invocou a lei marcial em 3 de dezembro. O decreto, que teve curta duração, levou à sua destituição do cargo. O país teve três presidentes interinos diferentes desde então.
Lee, ex-operário de fábrica, prometeu dar continuidade ao manual de política externa de Yoon: expandir a aliança com os EUA, cooperar com o Japão e desafiar a Coreia do Norte em questões de direitos humanos.
Mas Lee, que já se comparou a Bernie Sanders, não quer que as relações da Coreia do Sul com os EUA excluam laços com a China ou a Rússia.
Ele considera o relacionamento de Seul com Washington o "eixo básico de nossa diplomacia". No entanto, "isso não significa que devemos confiar completamente na aliança com os EUA", disse Lee, no mês passado.
A eleição presidencial foi convocada dois anos antes do previsto, tendo como tema central a tentativa de autogolpe. Outro foco da campanha foram as tarifas impostas pelos EUA aos produtos do país, apesar de a Coreia do Sul adotar tarifa zero sobre os produtos americanos.
Em janeiro do ano passado, num momento em que conversava com jornalistas, Lee sofreu uma tentativa de assassinato a faca, que atingiu seu pescoço e exigiu longa cirurgia. Desde então, anda cercado por seguranças e vestindo colete à prova de balas.