O presidente dos EUA, Donald Trump, se reuniu nesta terça-feira (11) com o rei da Jordânia, Abdullah 2º, um dia após ameaçar suspender repasses ao país caso seus líderes não aceitem a proposta de receber a população palestina que hoje está em Gaza.
A reunião também ocorre diante da possibilidade de rompimento do acordo de cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Ao lado do rei, Trump reforçou seu ultimato ao Hamas, afirmando que, caso eles não libertem "todos os reféns" até o meio-dia de sábado (15), tudo pode acontecer. "Eles querem bancar os durões, vamos ver o quão durões eles são", afirmou Trump nesta terça.
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, endossou a fala, dizendo que irá romper o cessar-fogo se o grupo terrorista não soltar os prisioneiros até a data estabelecida. A declaração foi dada após o Hamas anunciar que iria adiar a soltura dos prisioneiros alegando violações de Israel ao acordo de cessar-fogo na área. O trato prevê a liberação em fase dos reféns, sendo a próxima (a sexta), marcada para sábado. O movimento do Hamas gerou apreensão sobre a manutenção da trégua.
Por trás do alerta do grupo terrorista está a insatisfação com a proposta de Trump, endossada por Israel. O Estado judeu disse fazer preparativos militares para a saída de parte dos 2,3 milhões de gazenses, mas ressalva que isso seria voluntário.
Ao receber o rei da Jordânia na Casa Branca, Trump afirmou que mantém o prazo e elogiou o rei Abdullah 2º, dizendo que ele é um "grande homem". O republicano disse esperar que o rei concorde com sua proposta sobre os palestinos, por ser um país "com bom coração" e sob a ameaça de perder investimentos.
Folhapress