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Publicada em 16 de Janeiro de 2025 às 16:16

Venezuela solta ativista pela liberdade de expressão preso antes de posse de Maduro

Correa é professor universitário e autoridade em liberdade de expressão

Correa é professor universitário e autoridade em liberdade de expressão

NGO Espacio Publico/AFP/JC
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Folhapress
A ONG Espacio Público, dedicada à luta pela liberdade de expressão, afirmou nesta quinta-feira (16) que seu diretor, Carlos Correa, foi solto após ficar nove dias detido na Venezuela. "Agradecemos a todas as pessoas, organizações, governos e grupos que se juntaram no grito por sua libertação. Continuamos o trabalho pela defesa da dignidade humana", escreveu no X a entidade.
A ONG Espacio Público, dedicada à luta pela liberdade de expressão, afirmou nesta quinta-feira (16) que seu diretor, Carlos Correa, foi solto após ficar nove dias detido na Venezuela. "Agradecemos a todas as pessoas, organizações, governos e grupos que se juntaram no grito por sua libertação. Continuamos o trabalho pela defesa da dignidade humana", escreveu no X a entidade.
Na semana passada, partidos de oposição venezuelanos e organizações humanitárias condenaram as prisões de Correa e de outros ativistas às vésperas da posse do ditador Nicolás Maduro. O diretor foi preso por oficiais encapuzados em 7 de janeiro, três dias antes da cerimônia. Outras operações do tipo ocorreram naquela mesma data, com alvos que incluíram, entre outros, o ex-candidato presidencial Enrique Márquez.
O partido Vontade Popular, de oposição, disse que pelo menos 19 pessoas tinham sido detidas em todo o país, em um agravamento da perseguição e da repressão conduzidas pelo regime. Maduro acusa os líderes de conspirarem contra ele e de terem promovido incitação à violência ao participarem dos protestos que denunciavam fraude nas eleições presidenciais de julho do ano passado.
Correa é professor universitário e uma autoridade no tema da liberdade de expressão e de imprensa na Venezuela. Sua organização contabilizou mais de 400 jornais, estações de rádio e televisão fechados ao longo das mais de duas décadas de administrações chavistas no país.
A Venezuela ocupa o 156º lugar do total de 180 lugares do ranking de liberdade de imprensa de Repórteres Sem Fronteiras. Entre os países da América Latina, está acima apenas da Nicarágua (163) e de Cuba (168).

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