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Publicada em 18 de Novembro de 2024 às 21:03

Brasil não cede à Argentina e mantém gênero e taxação de super-ricos em texto do G20

Declaração se compromete para que indivíduos com patrimônio ultra elevado sejam tributados

Declaração se compromete para que indivíduos com patrimônio ultra elevado sejam tributados

Ludovic MARIN/AFP/JC
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Folhapress
O Brasil manteve na declaração do G20 o apoio à igualdade de gênero e taxação de bilionários, apesar das pressões da Argentina. O G20 vai apoiar, em sua declaração, "nosso comprometimento total com igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas". Na versão, consta a observação, indicando a oposição da Argentina.
O Brasil manteve na declaração do G20 o apoio à igualdade de gênero e taxação de bilionários, apesar das pressões da Argentina. O G20 vai apoiar, em sua declaração, "nosso comprometimento total com igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas". Na versão, consta a observação, indicando a oposição da Argentina.
Em linguagem diplomática, quando se usam colchetes, significa que algum país ainda está em consultas sobre o tema, ou seja, ainda não há consenso. Um dos trechos a que o governo de Javier Milei se opôs condenava todas as formas de discriminação contra mulheres e meninas e reafirmava o "compromisso de acabar com a violência de gênero, incluindo a violência sexual, e de combater a misoginia online e offline". A Argentina também não quis apoiar o trecho que defendia "igualdade de gênero no trabalho".
Na semana passada, a Argentina foi o único país a votar contra uma resolução da ONU não vinculante que condenava a violência contra mulheres. Irã, Coreia do Norte e Rússia se abstiveram.
No parágrafo sobre taxação dos chamados super-ricos, a declaração se compromete a se engajar de forma produtiva para garantir que que indivíduos com patrimônio ultra elevado sejam tributados de forma efetiva. A menção à taxação está em colchetes, com referência à Argentina.
Outro tema vetado por Buenos Aires que entrou na versão final da declaração foi o endosso da Agenda 2030 da ONU. O texto relata que as Metas de Desenvolvimento Sustentável (SDG) da Agenda 2030 devem ser atingidas em apenas 6 anos e que há "progresso mínimo" por enquanto.

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