As Forças Armadas de Israel relataram estar travando "combates intensos" com o grupo extremista Hezbollah no Sul do Líbano, no primeiro embate direto no país vizinho desde a guerra entre os rivais em 2006.
O porta-voz militar Avichay Adraee publicou na manhã de ontem no X uma mensagem em árabe descrevendo o cenário e instando os libaneses a não usar estradas entre o Sul do rio Litani e a fronteira com Israel. Ele listou 30 cidades que deveriam ser evacuadas no lado do vizinho. Seu chefe, Daniel Hagari, por sua vez disse que estão sendo atacadas vilas usadas como base pelo Hezbollah. Ele lembrou que o grupo tem um plano público chamado "Conquiste a Galileia", muito semelhante ao 7 de Outubro do Hamas. "Não permitiremos que isso ocorra", postou em vídeo.
Mais tarde, em comunicado, Hagari disse que incursões secretas já vinham ocorrendo há meses, para mapear a rede do Hezbollah no Sul do Líbano. Ele detalhou três dessas missões.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, as incursões são "limitadas e localizadas" contra alvos que representam "perigo imediato a comunidades no Norte de Israel". De fato, por ora Israel parece estar testando o terreno e talvez seja sincero no seu objetivo declarado, buscando evitar o emprego maciço de tropas, preferindo ações pontuais. Mas este é só o primeiro dia desta nova etapa da guerra.
O agravamento da situação fez o governo ampliar as restrições civis, proibindo reunião com mais de 30 pessoas em lugares abertos e ditando que trabalho presencial e eventos só podem ocorrer se houver abrigo próximo para todos. Tal medida, antes restrita em versões mais duras ao norte, inclui Tel Aviv e Jerusalém.
Folhapress