As primeiras estimativas de participação no primeiro turno das eleições legislativas francesas indicam a menor abstenção dos últimos 40 anos para a escolha do novo parlamento do país. E a pesquisa de boca de urna indicou vitória do partido Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, que obteve 34% dos votos.
Diante do resultado, Macron, que é de centro, pediu uma aliança ampla entre "candidatos republicanos e democráticos" para o segundo turno das eleições, que acontecem em 7 de julho. Já Marine Le Pen pediu aos franceses que deem a maioria absoluta no Parlamento à sua sigla.
Ao meio-dia de Paris (7h em Brasília), 25,9% dos eleitores já tinham comparecido às urnas, contra apenas 18,4% no mesmo horário na eleição anterior, em 2022. É o maior índice desde 1981. Diante disso, prevê-se que mais de dois terços dos inscritos votem neste domingo (30). A última vez que a participação foi tão alta (67,9%) remonta a 1997. As urnas fecham às 20h locais (15h em Brasília).
Esse índice é uma demonstração do enorme interesse despertado pelo pleito entre os 49 milhões de eleitores franceses. Existe, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, a possibilidade de que a ultradireita seja o bloco com maior número de assentos na Assembleia Nacional.
Caso isso ocorra, o presidente do Reunião Nacional (RN), maior partido de ultradireita, Jordan Bardella, 28 anos, teria grande probabilidade de se tornar primeiro-ministro. Bardella afirmou, durante a campanha, que só aceitará o cargo se seu partido tiver a maioria absoluta das 577 cadeiras da Assembleia. Ele poderia, porém, atingir essa maioria por meio de alianças com outros partidos de ultradireita, de direita e até do centro.
Macron votou às 12h45min (7h45min em Brasília) no balneário de Le Touquet, no Norte da França, onde ele e a mulher, Brigitte, 71, têm uma residência de veraneio, herança do pai da primeira-dama. Depois de votar, ele passou mais de meia hora conversando e tirando selfies com eleitores e crianças.