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Publicada em 09 de Abril de 2024 às 17:48

Rússia e Cazaquistão retiram mais de 100 mil pessoas em meio às piores enchentes em 70 anos

Autoridades russas anunciaram mais de 10 mil casas inundadas em regiões nos Urais e na Sibéria

Autoridades russas anunciaram mais de 10 mil casas inundadas em regiões nos Urais e na Sibéria

Evgeniy Lukyanov/AFP/JC
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Folhapress
A Rússia e o Cazaquistão ordenaram a retirada de mais de 100 mil pessoas nas últimas duas semanas depois que a neve derretida fez com que rios transbordassem rapidamente, anunciaram as autoridades de ambos os países nesta terça-feira (9). São as piores inundações nas regiões em pelo menos 70 anos.
A Rússia e o Cazaquistão ordenaram a retirada de mais de 100 mil pessoas nas últimas duas semanas depois que a neve derretida fez com que rios transbordassem rapidamente, anunciaram as autoridades de ambos os países nesta terça-feira (9). São as piores inundações nas regiões em pelo menos 70 anos.
As enchentes foram causadas por chuvas torrenciais e um rápido degelo devido ao aumento das temperaturas. As operações de resgate ocorreram no oeste e no norte do Cazaquistão. Autoridades russas anunciaram 6.500 retiradas e mais de 10.550 casas inundadas em regiões nos Urais e na Sibéria. Em cinco regiões do Cazaquistão, a água inundou mais de 3.700 casas e os rios continuam a transbordar.
O presidente do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokayev, alertou para um dos piores desastres naturais dos últimos 80 anos e acusou as autoridades locais de falta de preparação. O dilúvio de água derretida sobrecarregou dezenas de assentamentos nos Montes Urais, na Sibéria e em áreas do Cazaquistão perto de rios como o Ural e o Tobol. Segundo as autoridades locais, foram os níveis mais altos já registrados nesses locais.
Na Rússia, a região de Orenburg é a mais afetada, devido às cheias do rio Ural, o terceiro mais longo da Europa que rompeu uma barragem na última sexta-feira (5). O prefeito da cidade homônima mencionou inundações "sem precedentes" que poderão atingir níveis máximos na quarta-feira (10).
Barragens e diques foram sendo reforçados na cidade de Orenburg, com mais de meio milhão de habitantes, à medida que o rio Ural subia até quase 10 metros de altura, os moradores remavam pelas estradas como se fossem rios.
As autoridades também emitiram alertas de emergência e solicitaram retiradas em Kurgan, uma cidade às margens do rio Tobol, e em Tyumen, uma importante região produtora de petróleo da Sibéria Ocidental - a maior bacia de hidrocarbonetos do mundo.
"Os dias difíceis ainda estão por vir para as regiões de Kurgan e Tyumen", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres. "Há muita água chegando."
O Kremlin disse que o presidente Vladimir Putin estava sendo constantemente atualizado sobre a situação, mas que não tinha planos imediatos de visitar a zona inundada. Manifestantes em Orsk gritaram "que vergonha" para os governantes que, segundo eles, tinham feito pouco.

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