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Publicada em 08 de Fevereiro de 2024 às 19:43

Brasil inova e fará em setembro primeira reunião da história do G-20 dentro da ONU

Reunião permitirá participação remota de países externos aos grupo das 20 maiores economias do mundo

Reunião permitirá participação remota de países externos aos grupo das 20 maiores economias do mundo

ANGELA WEISS/AFP/JC
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Agência Estado
O Brasil inova na presidência do Grupo das 20 maiores economias do mundo (G-20) e fará, pela primeira vez na história, uma reunião do grupo dentro da sede da Organização das Nações Unidas (ONU), disse nesta quinta-feira o coordenador-geral do G20 no Ministério das Relações Exteriores, Flávio Luís Paseto.
O Brasil inova na presidência do Grupo das 20 maiores economias do mundo (G-20) e fará, pela primeira vez na história, uma reunião do grupo dentro da sede da Organização das Nações Unidas (ONU), disse nesta quinta-feira o coordenador-geral do G20 no Ministério das Relações Exteriores, Flávio Luís Paseto.
A inédita reunião, pelo que expôs o coordenador, não deixa de ser uma forma de o governo brasileiro reforçar a percepção de que hoje, diante de sua visão de que o Sistema ONU se encontra em estado de falência, o G-20 se apresenta como o principal mecanismo de coordenação num contexto de crise do multilateralismo.

"É fato de que o G20 é uma das poucas instâncias em que todos se sentam à mesa e tentam negociar", disse Paseto.

De acordo com ele, o Brasil na presidência do G-20, por entender que o grupo é o principal mecanismo positivo de coordenação multilateral, quer destacar este fato. "Estamos presidindo no momento uma das principais instâncias de governança global e o Brasil deve se orgulhar disso", disse, alertando, porém, que a posição envolve desafios.

O primeiro, de acordo com Paseto, está relacionado às críticas que podem vir dos 174 países que estão fora do G-20.

Ele lembra que o Brasil era o principal crítico do G-7, grupo das sete economias mais ricas do mundo, criado em 1970, pelo fato de ser um organismo de governança com agenda global que vai muito além do diálogo entre as sete economias mais avançadas. "Então, para nós que estamos dentro do G-20, é um fato positivo a gente reconhecer que é um dos principais mecanismos de concertação mundial. Mas o fato é que existem 174 outros países que não estão no G-20 e que também deveriam ter espaço para apresentar suas opiniões e defender posições."

Ele disse também que apesar de ser muito positivo fazer parte do G-20, é preciso estar atento a este outro lado. E é por isso, segundo Paseto, que o Brasil fará uma primeira reunião do grupo dentro da ONU, no dia 26 ou 27 de setembro. A reunião será não só física, dentro da ONU, como também aberta aos demais 174 países.
"Também cumprirá um pouco a função de evitar este telhado de vidro: o fato de estarmos entre os 20 e ter 174 que não estão, o que cria um certo telhado de vidro para nós, como foi e segue sendo para o G-7. E no telhado do G-7 nós atiramos muitas pedras, vamos nos lembrar disso", acrescentou Paseto, que participou nesta quinta, no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo, do primeiro encontro do G20 Social vinculado à Trilha de Finanças.

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