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Internacional

Relações Internacionais

- Publicada em 16 de Maio de 2023 às 17:58

Presidente eleito do Paraguai reata relações com Maduro e apoia volta da Unasul

Santiago Peña visitou Lula no Palácio do Planalto nesta terça-feira

Santiago Peña visitou Lula no Palácio do Planalto nesta terça-feira


EVARISTO SA/AFP/JC
O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, defendeu nesta terça-feira (16) a retomada de relações diplomáticas com o governo Nicolás Maduro, na Venezuela, e afirmou que apoia a reativação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, defendeu nesta terça-feira (16) a retomada de relações diplomáticas com o governo Nicolás Maduro, na Venezuela, e afirmou que apoia a reativação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, afirmou que não há condições dadas atualmente para Caracas seja reintegrada plenamente ao Mercosul. Em sua primeira viagem ao exterior desde a vitória em Assunção, Peña visitou Lula no Palácio do Planalto.
"Eu anunciei antes das eleições a decisão de restabelecer as relações com a Venezuela. Falei com o Maduro pelo telefone e comuniquei minha decisão como presidente eleito de restabelecer relações e trabalhar no processo de integração entre todos os nossos países. Vamos restabelecer relações e queremos ser uma voz para o processo de integração para o povo da Venezuela", afirmou Peña, após audiência com Lula.
O próximo presidente paraguaio lembrou que o país recebeu no passado líderes opositores de Maduro que buscavam asilo político. "Historicamente sempre tivemos relação com o povo venezuelano e isso não impedia que tivéssemos uma visão crítica sobre a ausência de respeito aos direitos humanos ou a realização de eleições", disse o paraguaio.
Ele ponderou que não conversou com Lula sobre o regresso da Venezuela ao Mercosul. O país foi suspenso em 2017 e precisa cumprir condições estabelecidas pelos demais sócios do bloco para ser reintegrada ativamente, entre elas "o pleno restabelecimento da ordem democrática".
O governo brasileiro defende que o processo seja encaminhado. Peña disse que pretende conversar com os presidentes do Uruguai e Argentina sobre o assunto, que também deve ser pauta da próxima cúpula do Mercosul, mas afirmou que "hoje não há nenhuma condição" para o retorno da Venezuela.
Sobre a Unasul, Peña afirmou que não virá ao retiro de chefes de Estado organizado por iniciativa de Lula. Isso porque o encontro ocorrerá em 30 de maio, em Brasília, e o paraguaio será empossado somente em agosto. "Adiantei que eu apoiarei o processo de integração em todos os âmbitos, seja a Unasul, o Prosul, a Celac e, claro, o Mercosul. Tenho vocação integradora e disse que Lula pode contar comigo nesse processo. Todos os países têm de respeitar com as visões dos líderes eleitos por mandato popular. Não podemos ideologizar as relações diplomáticas e a integração de nossos povos", afirmou o presidente eleito.