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Clima

- Publicada em 10 de Novembro de 2022 às 19:44

Brasil tem a segunda maior delegação da COP-27

Brasil tem cerca de 570 pessoas credenciadas para a conferência climática no Egito

Brasil tem cerca de 570 pessoas credenciadas para a conferência climática no Egito


MMA/Divulgação/JC
Folhapress
O Brasil levou para o Egito a segunda maior delegação da COP-27, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, que ocorre em Sharm el-Sheikh até o dia 18 de novembro. Na lista, assim como ocorreu no ano passado, na COP-26, também há pessoas de fora das esferas governamentais, como esposas e primeiras-damas. É possível notar ainda a baixa presença de pesquisadores e da sociedade civil na delegação.
O Brasil levou para o Egito a segunda maior delegação da COP-27, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, que ocorre em Sharm el-Sheikh até o dia 18 de novembro. Na lista, assim como ocorreu no ano passado, na COP-26, também há pessoas de fora das esferas governamentais, como esposas e primeiras-damas. É possível notar ainda a baixa presença de pesquisadores e da sociedade civil na delegação.
Há cerca de 570 pessoas credenciadas pelo Brasil nessa conferência climática, o que representa pouco mais de 3% de todas as delegações da COP. Os nomes dos participantes ocupam aproximadamente 35 páginas do documento que reúne os enviados dos países. A lista, disponível no site oficial da UNFCCC (o órgão de mudança climática da ONU), ainda pode sofrer alterações.
A delegação brasileira só não é maior do que a dos Emirados Árabes Unidos, com cerca de 63 páginas para os mais de mil nomes credenciados pelo país. O tamanho da delegação pode ser explicado, possivelmente, pelo fato de que Dubai será a sede da COP-28, no ano que vem. Já o Egito, país anfitrião da atual conferência, conta com cerca de 154 pessoas em sua delegação oficial.
Na lista brasileira, além das primeiras-damas de Amazonas, Pará e Mato Grosso, há também uma assessora da primeira-dama do Amazonas, e duas esposas de dois assessores especiais do gabinete do governo de Mato Grosso.
CEOs, representantes da JBS - a empresa, inclusive, deve ter um representante falando no estande brasileiro - e de outras empresas, e alguns policiais militares também estão na lista. Vale destacar que o estande brasileiro foi feito com a participação de diversos ramos financeiros nacionais, como a  Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e o Sebrae.
ONGs ambientalistas, pesquisadores, organizações indígenas e movimentos sociais não são incluídos pelo governo na lista da delegação desde 2019. No rol desse ano, a reportagem da Folhapress encontrou uma ONG: o Instituto Terra Verde Brasil, representado pela vice-presidente da entidade. A reportagem também observou a presença de alguns pesquisadores de universidades públicas, além de um pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) - centro que reúne dados sobre queimadas e desmatamento.
O Brasil tem um histórico de delegações grandes nas conferências climáticas. A utilidade de ser credenciado como parte de uma delegação, em vez de receber outros tipos de crachás, está na facilidade a certos acessos.
Mas, logicamente, a participação do Brasil na COP não se dá somente pelo credenciamento oficial. Ou seja, há mais brasileiros na conferência do que os números citados, especialmente pela atuação de ONGs - na torre de Babel que é a conferência, não é raro ouvir o português nos corredores e estandes. Nos últimos dias, por exemplo, foi possível encontrar no pavilhão da conferência membros de associações que representam os indígenas brasileiros e os movimentos negros nacionais.
Neste ano, o Brasil tem um número recorde de estandes na COP: são três. Há o oficial do governo brasileiro, com cerca de 300 m2; o da sociedade civil (chamado de Brazil Climate Action Hub), com 150 m2; e o dos governadores da Amazônia, com 120 m2.
 
FOLHAPRESS
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