A ONU revelou nesta segunda-feira (7) um plano de ação de mais de US$ 3,1 bilhões para que dentro de cinco anos toda a população mundial esteja protegida por um sistema de alerta precoce para desastres meteorológicos. Para a organização, "um valor irrisório considerando as vantagens".
"As comunidades vulneráveis em áreas sensíveis são surpreendidas por uma sucessão de desastres climáticos, sem qualquer meio de alerta preventivo", declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, na COP27, no Egito.
O plano de ação de US$ 3,1 bilhões terá que ser coberto pelo aumento esperado no financiamento destinado à adaptação às mudanças climáticas. O dinheiro vai para quatro áreas: melhor conhecimento dos riscos, implementação de serviços de vigilância e alerta, reforço da capacidade de atuação no terreno e transferência de informação sobre riscos a todos que necessitem. "As populações da África, do sul da Ásia, da América Central e do Sul e as que vivem em pequenos estados insulares têm 15 vezes mais chances de morrer em uma catástrofe climática", acrescentou Guterres.
"Os alertas precoces salvam vidas e proporcionam grandes benefícios econômicos. Basta sinalizar a chegada de um fenômeno perigoso com 24 horas de antecedência para reduzir os danos em 30%", destacou Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que elaborou este plano de ação.
No momento, menos da metade dos países menos desenvolvidos e apenas um terço dos pequenos estados insulares em desenvolvimento têm um sistema de alerta precoce, de acordo com um relatório recente da OMM e do Escritório para Redução de Riscos de Desastres da ONU (UNDRR).