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Internacional

- Publicada em 08 de Julho de 2021 às 18:54

Cidadão dos EUA está entre detidos suspeitos de matar presidente do Haiti

Com as novas detenções, o número de capturados chegou a seis

Com as novas detenções, o número de capturados chegou a seis


Valerie Baeriswyl/AFP/JC
Depois de declarar uma batalha contra os responsáveis pelo assassinato do presidente Jovenel Moise, as autoridades do Haiti prenderam mais suspeitos do crime nesta quinta-feira (8). Na noite de quarta, quatro criminosos foram mortos, e outros dois, detidos.
Depois de declarar uma batalha contra os responsáveis pelo assassinato do presidente Jovenel Moise, as autoridades do Haiti prenderam mais suspeitos do crime nesta quinta-feira (8). Na noite de quarta, quatro criminosos foram mortos, e outros dois, detidos.
Com as novas detenções, o número de capturados chegou a seis, o que inclui pelo menos um cidadão norte-americano, de acordo com o relato de Mathias Pierre, ministro haitiano responsável por assuntos eleitorais, ao jornal Washington Post.
Segundo Pierre, um homem norte-americano identificado como James Solages está entre os presos, e acredita-se que pelo menos mais um dos detidos seja um cidadão haitiano-americano. As autoridades, no entanto, ainda não forneceram evidências do suposto envolvimento dos detidos no assassinato de Moise.
A possibilidade de interferência já havia sido apontada pelo embaixador haitiano nos EUA, Bocchit Edmond. Segundo ele, os criminosos que invadiram a casa de Moise alegavam ser membros da agência antidrogas (DEA, na sigla em inglês). Horas depois, Ned Price, porta-voz da diplomacia norte-americana, refutou a teoria e classificou as acusações de "absolutamente falsas".
Em um pronunciamento transmitido pelas emissoras haitianas, o diretor-geral da polícia, Leon Charles, disse que as forças de segurança do país estão empenhadas em uma operação para prender ou matar os membros do grupo responsável pelo ataque ao presidente e à primeira-dama, Martine. Segundo Charles, a maior preocupação agora é achar os mentores da ação. Ele também pediu que a população ajude os policiais e evitem causar tumultos.
As autoridades não divulgaram informações sobre as possíveis motivações do crime nem sobre a identidade dos agressores, mas de acordo com outro ministro - Pradel Henriquez, das Comunicações-, os detidos são estrangeiros. A hipótese já havia sido levantada por Joseph, que disse que os criminosos foram ouvidos falando em inglês e espanhol, o que indicaria que não são haitianos, já que os idiomas oficiais do país são o francês e o crioulo.
Segundo a imprensa local, citando o juiz encarregado do caso, Moise foi encontrado com ao menos 12 marcas de tiros. "O escritório e a sala foram saqueados. Nós o encontramos deitado de costas, (usando) calça azul, camisa branca manchada de sangue, boca aberta, olho esquerdo furado", disse o magistrado Carl Henry Destin ao jornal haitiano Le Nouvelliste.
Uma filha do casal, Jomarlie, estava em casa durante o ataque, que ocorreu na madrugada, mas conseguiu se esconder num dos quartos. A primeira-dama, também baleada, foi transferida para receber tratamento em Miami e, segundo Joseph, está fora de perigo e em situação estável.
O país está em luto oficial por duas semanas. Enquanto isso, uma nova crise se desenha no alto escalão do governo, desta vez em torno do nome que deve suceder o líder autoritário. Joseph, o premiê interino, tem sido, na prática, o chefe de Estado. Foi ele quem anunciou a morte de Moise, divulgou informes sobre o estado de saúde da primeira-dama, fez apelos à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança da ONU e disse estar no comando do país.
Nomeado primeiro-ministro em abril, tornou-se o sexto a ocupar o cargo sob a liderança de Moise. Dois dias antes de ser assassinado, no entanto, o presidente fez outra indicação: o neurologista Ariel Henry deveria substituir Joseph e se tornar o novo premiê na quarta-feira.
O ataque ao presidente, porém, impôs-se como prioridade, de modo que Henry não foi oficializado no cargo. Mas a ausência de uma cerimônia formal de posse não o impediu de se considerar o novo premiê.
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