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Publicada em 11 de Novembro de 2025 às 18:57

Leite e Melo pedem financiamento para ações de adaptação climática

Medidas realizadas pelo Estado e prefeitura após a enchente foram apresentadas por Leite e Melo

Medidas realizadas pelo Estado e prefeitura após a enchente foram apresentadas por Leite e Melo

Igor de Almeida/Ascom Sema/Divulgação/JC
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Bruna Suptitz
Bruna Suptitz
A tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024 foi notícia em todo o mundo, e as iniciativas de reconstrução foram apresentadas na COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, pelo governador gaúcho Eduardo Leite (PSD) e pelo prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB). Também participaram Inamara Santos Mélo, diretora do Departamento de Políticas para Adaptação e Resiliência à Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, e Rodrigo Corradi, diretor do Iclei Brasil.
A tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024 foi notícia em todo o mundo, e as iniciativas de reconstrução foram apresentadas na COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, pelo governador gaúcho Eduardo Leite (PSD) e pelo prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB). Também participaram Inamara Santos Mélo, diretora do Departamento de Políticas para Adaptação e Resiliência à Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, e Rodrigo Corradi, diretor do Iclei Brasil.
Lançado após a enchente, o Plano Rio Grande tem como objetivo orientar a reconstrução, atuando também na adaptação e com estudos sobre resiliência climática. Conforme Leite, “a base do Plano Rio Grande começa pelo fortalecimento institucional”. Isso porque “as ações não serão implementadas em um governo, nem em dois ou três” e terão que seguir em curso após o fim do seu mandato, que vai até o fim de 2026.
As medidas sendo implementadas “só serão factíveis porque têm financiamento”, destaca o governador. A referência é ao Fundo Rio Grande, formado pelo recurso que deixa de ser pago da dívida do Estado com o governo federal. A projeção é alcançar R$ 14 bilhões até 2027. Após isso, no entanto, a dívida voltará a ser paga. “Nosso clamor é que a União não olhe apenas a dor que sentimos dessa enchente, mas que tenha política pública viabilizando o financiamento”, declarou.
O prefeito Sebastião Melo também destacou o ponto do financiamento e afirmou que “não se faz (transição e adaptação) com dinheiro do IPTU e do ISS”, as duas fontes de arrecadação próprias dos municípios. E apelou também para a consciência ambiental. “Não tem transição climática sem envolvimento da sociedade, sem educação climática. Pensei que depois das cheias a população não iria mais colocar lixo na rua, mas os arroios estão cheios”, lamentou.
Na manhã desta terça-feira (11), Leite assinou um acordo de intenções com a ONU para implantar um centro estadual de redução de risco junto ao trabalho já desenvolvido pela Defesa Civil. Nesta quarta-feira (12) o governador participa do lançamento do Book de Oportunidades do InvestRS com foco em transição energética. O prefeito Sebastião Melo apresentará, também na quarta, o Plano de ação climática de Porto Alegre. 
 

Paralelas

Férias fora de época
As aulas na cidade de Belém em escolas municipais, estaduais e privadas estão suspensas desde o dia 5 de novembro e serão retomadas somente no dia 24, após o encerramento da COP30. A mesma medida foi adotada pela rede estadual nos municípios vizinhos de Ananindeua e Marituba, e em instituições de Ensino Superior na Capital belenense. O período é considerado como férias escolares e o calendário foi ajustado para que os alunos da educação básica tenham garantido os 200 dias letivos. A informação é do jornal O Liberal.
Menos e mais trânsito
As férias fora de época têm como objetivo desafogar o trânsito, considerando o grande volume de pessoas que estão em Belém para participar da COP30. Mesmo assim foi registrado congestionamento no primeiro dia do evento. Motoristas da cidade afirmam que o fluxo na segunda-feira estava mais carregado que em dias normais.
Participantes
Conforme divulgado pela ONU, 56 mil pessoas de 194 países estão inscritas para participar da Conferência, número que inclui representantes de empresas, de governos e de organizações da sociedade civil organizada, imprensa, funcionários, seguranças e voluntários.
Mar de gente
O número de participantes da COP30 é alto, mas ínfimo se comparado ao "mar de gente" que toma as ruas de Belém do Pará para expressar sua fé participando do Sírio de Nazaré. A celebração, sempre no segundo domingo do mês de outubro, é realizada pela Igreja Católica desde 1793. Em 2025, a estimativa é que mais de dois milhões de pessoas tenham participado das celebrações, que se estendem de sexta-feira a domingo.
 

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