Esta é a segunda vez que Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre, visita Belém do Pará - a primeira vez que esteve aqui foi a mais de três décadas atrás. Na COP30, no entanto, ele é estreante. Nas semanas finais do seu quinto ano de mandato, diz estar alegre em poder “trazer as nossas contribuições, mas acima de tudo, aprender” sobre os impactos do aquecimento global nas cidades e as adaptações necessárias para conviver com extremos climáticos. Para isso, espera ação de todos os países e maior participação do governo federal.
LEIA MAIS: Compromissos com financiamento têm que ser honrados, cobram autoridades na abertura da COP30
“Está na hora de acelerar aquilo que foi acertado ao longo dos anos. Não adianta assinar mais acordo”, defende Melo. “Tem que acelerar e de forma federativa. Quer dizer, não vai impor um plano climático na cidade de Porto Alegre, de Belo Horizonte, de São Paulo, sem o diálogo com o governo federativo. Isso é essencial para sair do papel”, disse à reportagem do Jornal do Comércio.
No entendimento do prefeito, a crise climática “é local do ponto de vista do seu enfrentamento, mas ela é global” e depende dos recursos de países que já desenvolveram suas economias com base na exploração de recursos naturais e queima de combustíveis fósseis. “Portanto, esse multilateralismo é fundamental num processo de transição climática”, aponta. Melo atendeu o JC durante uma caminhada pelo Porto Futuro, um parque na orla de Belém que guarda muitas semelhanças com o Cais Mauá, em Porto Alegre.