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Publicada em 03 de Novembro de 2025 às 11:36

Governo Lula decreta GLO em Belém durante COP30 e inclui usinas de Belo Monte e Tucuruí

Pedido foi formalizado pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), há cerca de três meses

Pedido foi formalizado pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), há cerca de três meses

Ricardo Stuckert/PR/Divulgação/JC
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Agências
O governo Lula (PT) decretou uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em algumas áreas de Belém, no Pará, pelo período de realização da COP30, conferência das Nações Unidas sobre mudança climática, neste mês. O decreto foi publicado em Diário Oficial da União desta segunda-feira (3).
O governo Lula (PT) decretou uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em algumas áreas de Belém, no Pará, pelo período de realização da COP30, conferência das Nações Unidas sobre mudança climática, neste mês. O decreto foi publicado em Diário Oficial da União desta segunda-feira (3).
O decreto incluiu também ações das Forças Armadas "em áreas com infraestruturas críticas" nas cidades de Altamira e Tucuruí: as usinas de Belo Monte e de Tucuruí. A COP ocorre de 10 a 21 de novembro, e será precedida por um encontro de líderes mundiais, nos dias 6 e 7. A GLO terá duração até o próximo dia 23.
De caráter excepcional e temporário, a GLO é uma ação militar que reúne as Forças Armadas a partir de ordem do presidente. A medida é aplicada em graves situações de perturbação da ordem, quando há esgotamento das forças tradicionais, e, na prática, autoriza militares a atuar com poder de polícia.
Esse instrumento já foi adotado em outros eventos de grande dimensão no Brasil que tiveram a participação de autoridades estrangeiras, como a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas de 2016 e as cúpulas do Brics e do G20.
O pedido foi formalizado pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), há cerca de três meses, segundo ele disse à Folha. "Está muito claro, dentro do planejamento que foi concebido, qual será a atribuição de cada um. Não há qualquer tipo de interferência. É fruto do trabalho planejado", afirmou.
Barbalho estima que o efetivo total de agentes da segurança pública que atuará na COP neste período será de cerca de 9.000 profissionais.
O decreto, publicado nesta segunda, afirma que o emprego da GLO tem finalidade de "garantir a segurança dos eventos e dos participantes da reunião da Cúpula de Líderes e da COP30".
Diz ainda que as Forças Armadas realizarão ações previstas no plano estratégico integrado de segurança da presidência brasileira da COP30 em áreas como os portos do Outeiro e de Belém; do aeroporto internacional; e do porto e terminal petroquímico de Miramar.
O documento prevê também ações das Forças Armadas nas vias de ida e de retorno das comitivas entre o Parque da Cidade e o Porto de Outeiro, nas vias de acesso e saída entre o aeroporto, a base aérea de Belém e os locais de evento ou de hospedagem. Além disso, as Forças Armadas também atuarão em rios e baías.
Caberá ao ministro da Defesa, José Múcio, definir a alocação dos meios disponíveis e os comandos responsáveis pela operação. Essa ação também será articulada com o Ministério de Justiça e Segurança Pública, em coordenação com órgãos de segurança pública.

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