Triplicar as fontes de energias renováveis e duplicar a eficiência energética global até o ano de 2030.
Arrecadar US$ 1,3 trilhão por ano para subsidiar a transição em países emergentes até 2035.
Reunir recursos públicos e privados em um fundo para a preservar florestas tropicais.
Estes são os principais temas sobre os quais o Brasil, enquanto país sede e na presidência da Conferência das Nações Unidas para o Clima, a COP30, tem se debruçado no último ano. O esforço é para que os países assumam os compromissos negociados em conferências anteriores e estejam dispostos a firmar novos compromissos.
Assim o Brasil quer fazer do evento deste ano, que acontecerá entre 10 e 21 de novembro em Belém do Pará, “a COP da implementação”.
Eficiência energética
Consenso alcançado na COP28, realizada nos Emirados Árabes Unidos, a meta de triplicar as energias renováveis para alcançar 11,2 TW até 2030 exige, agora, que se consiga uma capacidade adicional de 1.122 GW todos os anos a partir de 2025. Em 2024, os acréscimos de capacidade renovável global atingiram 582 GW – um número considerado muito alto, mas que representa apenas a metade do necessário para o cumprimento da meta nos próximos cinco anos.
As informações são do relatório "Cumprindo o Consenso dos Emirados Árabes Unidos: Acompanhando o progresso para triplicar a capacidade de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030" divulgado no início da semana pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), juntamente com a Presidência Brasileira da COP30 e a Aliança Global de Renováveis (GRA).
Dos desenvolvidos para os emergentes
Considerado o principal avanço conquistado pela COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, o novo acordo sobre a meta global de financiamento climático é ambicioso e ao mesmo tempo dúbio: alcançar pelo menos US$ 300 bilhões por ano até 2035, sob responsabilidade dos países desenvolvidos e da iniciativa privada, em especial os bancos internacionais de fomento.
Desde a definição, em novembro do ano passado, negociadores e governos estabeleceram a rota (ou road map) Baku-Belém, com o objetivo de ampliar o compromisso com o financiamento para pelo menos US$ 1,3 trilhão ao ano em favor dos países em desenvolvimento, cuja contribuição para este montante é voluntária.
Florestas tropicais
A partir de iniciativa do Brasil, apresentada dois anos atrás, o “Fundo Florestas Tropicais Para Sempre” será oficialmente lançado e buscará apoio durante a COP30. A proposta é separar recursos especificamente para a preservação e conservação da biodiversidade com pagamento para “deixar a floresta em pé”.