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Publicada em 30 de Outubro de 2025 às 20:56

Transferência de anos escolares na rede municipal e estadual gera manifestação

Membros da comunidade escolar se reuniram em frente à prefeitura da Capital

Membros da comunidade escolar se reuniram em frente à prefeitura da Capital

Reprodução/Atempa/JC
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Marco Charão
Marco Charão
Após a informação dada na semana passada pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed) aos diretores das escolas, que eles não irão mais oferecer o 6° ano a partir de 2026 e os outros anos finais do ensino fundamental, de forma gradual até 2029, uma manifestação foi organizada em frente à prefeitura da Capital, nesta quinta-feira (30).
Após a informação dada na semana passada pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed) aos diretores das escolas, que eles não irão mais oferecer o 6° ano a partir de 2026 e os outros anos finais do ensino fundamental, de forma gradual até 2029, uma manifestação foi organizada em frente à prefeitura da Capital, nesta quinta-feira (30).
Membros da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa) começaram a informar às comunidades da decisão do Estado em colaboração com a prefeitura da Capital. Após o tema começar a ficar esclarecido para a comunidade escolar, começou a movimentação para o protesto desta quinta, que reuniu mais de 100 pessoas, com membros de instituições que serão afetados pelas decisões.
Rafael Angrizani, um dos diretores da Atempa, diz que a decisão pegou a todos de surpresa. "Muitos pais da comunidade não estavam entendendo o que estava acontecendo, então, começamos a informá-los e a fazer reuniões em escolas. Em conjunto com o povo, realizamos esse ato para conseguir mais informações a respeito desta decisão desastrosa", informa.
Angrizani acredita que a mudança prejudicará muitas famílias que já possuem uma organização dentro de casa. "As escolas da prefeitura são todas periféricas. Elas atendem muito bem a comunidade e estão onde as pessoas precisam. Muitas das escolas do Estado estão fora dessas regiões, gerando problemas no deslocamento dessas pessoas, que possuem mais de um filho, em anos diferentes, e terão que se adaptar a isso". Angrizani ainda reitera a preocupação de um aumento na evasão escolar.
Outra questão abordada pelo diretor se refere às estruturas das instituições. "As escolas do município estão em melhores condições, oferecendo toda a alimentação durante o dia, além de toda a rede de apoio para as famílias que têm filhos atípicos. As instituições do Estado estão muito sucateadas e eles não estão preparados para receber as crianças da sexta até o nono ano de uma forma adequada".
A respeito de um retorno por parte do governo, Angrizani acredita que a breve reunião com a Casa Civil do Estado, na terça-feira (28), foi proveitosa. A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece), recebeu representantes da comunidade escolar e houve uma conversa com os vereadores, em que puderam expor as suas dúvidas.

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