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Publicada em 21 de Outubro de 2025 às 09:21

Drones começam a fazer parte da rotina do policiamento ostensivo da Brigada Militar em Porto Alegre

Um dos diferenciais da estratégia é tornar a presença do drone visível para a população sobrevoanda áreas movimentadas

Um dos diferenciais da estratégia é tornar a presença do drone visível para a população sobrevoanda áreas movimentadas

Marcelo Miranda/Divulgação/JC
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Agências
Em uma iniciativa inédita no Rio Grande do Sul, a Brigada Militar de Porto Alegre passou a utilizar drones de forma sistemática na rotina do policiamento ostensivo da Capital. A ação, coordenada pelo 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), representa um salto tecnológico no modelo de patrulhamento urbano em 24 bairros, na Zona Norte da cidade. A incorporação dos drones tem permitido expandir o alcance visual do policiamento e a presença em áreas de difícil acesso. As informações são da assessoria da Brigada Militar. 
Em uma iniciativa inédita no Rio Grande do Sul, a Brigada Militar de Porto Alegre passou a utilizar drones de forma sistemática na rotina do policiamento ostensivo da Capital. A ação, coordenada pelo 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), representa um salto tecnológico no modelo de patrulhamento urbano em 24 bairros, na Zona Norte da cidade. A incorporação dos drones tem permitido expandir o alcance visual do policiamento e a presença em áreas de difícil acesso. As informações são da assessoria da Brigada Militar. 
Embora os drones já fossem utilizados anteriormente por unidades especializadas da Brigada, como o Batalhão de Choque, Batalhão de Operações Especiais, Comando Ambiental, sua aplicação se restringia a grandes eventos ou operações específicas. O diferencial, agora, é que a ferramenta passou a fazer parte do cotidiano da patrulha ostensiva.

“A Brigada Militar tem incorporado novas tecnologias para fortalecer o policiamento ostensivo. O uso de drones amplia nossa capacidade de vigilância, apoio e resposta, permitindo atuações mais seguras, rápidas e precisas. É a tecnologia a serviço da segurança da comunidade gaúcha”, enfatiza o comandante-geral da Brigada Militar, Coronel PM Cláudio dos Santos Feoli.
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As imagens captadas por drones já serviram de subsídio para o Poder Judiciário em decisões sobre determinados fatos, o que demonstra a credibilidade e a utilidade desse recurso também na esfera legal, acrescenta o Comandante de Policiamento da Capital (CPC) Coronel PM Fábio da Silva Schmitt.

“Além disso, as operações com drones têm um papel importante na instrução da tropa, possibilitando o aperfeiçoamento das técnicas de abordagem e do planejamento tático. Outra vantagem é a possibilidade de observar áreas estratégicas sem ser visto ou ouvido, o que aumenta a efetividade das ações, especialmente durante a noite, quando o equipamento consegue operar com discrição e fornece imagens de alta qualidade”, explica o coronel Schmitt.

O 11º BPM tem três drones, com certificação aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), todos doados pela iniciativa privada. Os equipamentos são operados por policiais militares treinados e habilitados. O Batalhão de Aviação da Brigada foi responsável por disponibilizar os cursos necessários para a qualificação dos operadores.

O tenente-coronel Daniel Araújo de Oliveira, comandante do 11º BPM, afirma que “os drones já fazem parte da rotina do policiamento ostensivo do 11º Batalhão, na Zona Norte da capital, que abrange 24 bairros. Segundo ele, o uso da tecnologia é integrado ao planejamento semanal das ações de segurança. “O que estamos fazendo é uma inovação no policiamento de rotina, nas ruas”, explica o tenente-coronel.

Um dos drones utilizados, o modelo Mavic 3T, possui imageador termal, o que possibilita a identificação de pessoas e veículos mesmo à noite, com baixa visibilidade. “A câmera termográfica consegue fazer imagens pela temperatura dos corpos e objetos. A resolução é perfeita. Conseguimos ver claramente se é uma pessoa, um carro, uma movimentação suspeita”, destaca o comandante do 11º BPM.

“O drone é uma ferramenta tecnológica que amplia o poder de visualização e o raio de alcance do policial. Ele chega a lugares onde o acesso humano é complicado e nos permite monitorar com precisão. Estamos diante de uma mudança de paradigma”, detalha o comandante do 11º BPM. Um dos diferenciais da estratégia é tornar a presença do drone visível para a população — e para eventuais suspeitos. A ação é planejada para que o equipamento sobrevoe áreas movimentadas em baixa altitude, demonstrando que a Brigada está atenta.

“Nós fazemos questão de que o drone fique visível. Isso traz uma percepção de segurança à comunidade e um efeito dissuasivo para quem pensa em cometer crimes. Mesmo que o cidadão não veja o policial, o policial está vendo-o”, conclui o comandante do 11º BPM.

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