Na última terça-feira (14) , a Uber anunciou uma mudança nos requisitos para veículos usados em suas modalidades de corridas. A novidade, que afeta diretamente as modalidades de corrida Comfort e Black, tem gerado descontentamento dos motoristas.
“A Uber faz coisas aleatórias sem falar com os trabalhadores ou com as entidades. Isso acaba nos prejudicando porque os trabalhadores que compraram um carro no início do ano já não vão poder trabalhar nas categorias que ela está retirando”, queixou-se a presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos do RS (Simtraplirs), Carina Trindade.
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A nova lista de modelos aceitos passa a valer a partir de janeiro de 2026. A empresa afirma que enxergou necessidade de uma atualização na frota após pesquisas com usuários e análises de mercado. O objetivo, afirma a Uber, por meio de uma nota oficial, é “aprimorar a experiência dos parceiros e passageiros nas categorias premium da Uber, e aumentar a atratividade desses produtos”.
As mudanças serão feitas no ano mínimo de fabricação dos carros aceitos nas categorias premium da empresa. Além disso, alguns veículos não serão mais aceitos, independentemente do ano de fabricação.
“Essas são as duas categorias que trazem uma rentabilidade melhor para o trabalhador. São carros melhores, mais novos e mais Comfortáveis, que também têm mais despesa, que tu paga mais caro para adquirir, como um black, por exemplo. Daí a empresa acaba, de forma inesperada, retirando esses veículos das categorias das quais eles estão participando, deixando o trabalhador sem condições de conseguir manter a atual renda”, lamentou Carina.
Outro ponto levantado pela presidente do Simtraplirs é a falta de diálogo da empresa com os motoristas. Segundo ela, a prática da Uber de tomar decisões "sem levar em consideração o bem-estar" de seus prestadores de serviço é comum.
“Nunca houve diálogo entre as entidades e a Uber. Entidades eu me refiro são os sindicatos e associações. E nunca houve diálogo dos trabalhadores diretamente com a Uber. Ela e as outras empresas, elas tendem a não receber os trabalhadores e as reivindicações que a gente faz”, ponderou.
Assim, Carina afirma que existe a ideia de se juntar com outros sindicatos e associações para reivindicar contra essa mudança. A decisão da empresa agir sem aviso ou negociação já está sendo contestada em outros Estados, com o sindicato do Rio de Janeiro já iniciando uma ação civil pública no Ministério Público do Trabalho, buscando impedir a Uber de agir unilateralmente.
“Somos nós que seguramos o rojão. Eles não têm despesa com nada. Apesar da Uber dizer que a gente é autônomo, não temos autonomia nenhuma. Nem para continuar trabalhando com o veículo que adquirimos em 60 vezes para mais de R$ 100.000, na categoria em que o inscrevemos”, enfatizou Carina.
A nova lista de modelos aceitos passa a valer a partir de janeiro de 2026. A empresa afirma que enxergou necessidade de uma atualização na frota após pesquisas com usuários e análises de mercado. O objetivo, afirma a Uber, por meio de uma nota oficial, é “aprimorar a experiência dos parceiros e passageiros nas categorias premium da Uber, e aumentar a atratividade desses produtos”.
As mudanças serão feitas no ano mínimo de fabricação dos carros aceitos nas categorias premium da empresa. Além disso, alguns veículos não serão mais aceitos, independentemente do ano de fabricação.
“Essas são as duas categorias que trazem uma rentabilidade melhor para o trabalhador. São carros melhores, mais novos e mais Comfortáveis, que também têm mais despesa, que tu paga mais caro para adquirir, como um black, por exemplo. Daí a empresa acaba, de forma inesperada, retirando esses veículos das categorias das quais eles estão participando, deixando o trabalhador sem condições de conseguir manter a atual renda”, lamentou Carina.
Outro ponto levantado pela presidente do Simtraplirs é a falta de diálogo da empresa com os motoristas. Segundo ela, a prática da Uber de tomar decisões "sem levar em consideração o bem-estar" de seus prestadores de serviço é comum.
“Nunca houve diálogo entre as entidades e a Uber. Entidades eu me refiro são os sindicatos e associações. E nunca houve diálogo dos trabalhadores diretamente com a Uber. Ela e as outras empresas, elas tendem a não receber os trabalhadores e as reivindicações que a gente faz”, ponderou.
Assim, Carina afirma que existe a ideia de se juntar com outros sindicatos e associações para reivindicar contra essa mudança. A decisão da empresa agir sem aviso ou negociação já está sendo contestada em outros Estados, com o sindicato do Rio de Janeiro já iniciando uma ação civil pública no Ministério Público do Trabalho, buscando impedir a Uber de agir unilateralmente.
“Somos nós que seguramos o rojão. Eles não têm despesa com nada. Apesar da Uber dizer que a gente é autônomo, não temos autonomia nenhuma. Nem para continuar trabalhando com o veículo que adquirimos em 60 vezes para mais de R$ 100.000, na categoria em que o inscrevemos”, enfatizou Carina.
Confira as mudanças para a Capital:
Em Porto Alegre, a categoria Uber Black terá novas exigências quanto ao ano mínimo de fabricação dos veículos. Para os modelos Virtus, o ano mínimo exigido será 2025, enquanto para Duster, Nivus e City, o mínimo será 2023. Já para os demais modelos, o veículo deverá ser fabricado a partir de 2019.
Além disso, a Uber anunciou que, a partir do dia 5 de janeiro de 2026, alguns modelos não serão mais aceitos na categoria Uber Black, independentemente do ano de fabricação. São eles: Renault Kardian, Citroen Basalt, Chery Tiggo 3X, Peugeot E-2008, Chery Tiggo 3, Hyundai Kona Hybrid, JAC Motors J3 Turin e JAC Motors iEV 40.
Além dos critérios de modelo e ano, os veículos precisam ter ar-condicionado, quatro portas e estar em uma das cores permitidas: preto, chumbo, prata, cinza, azul-marinho, marrom ou branco. Para os motoristas, também há exigências: é necessário ter mais de 100 viagens concluídas em outras categorias da Uber (exceto Uber Moto, Envios Moto e Uber Táxi) e manter uma média de avaliação mínima de 4,85 para poder receber chamadas na categoria Black.
Na categoria Uber Comfort, também haverá mudanças nas exigências de ano mínimo de fabricação conforme o modelo do carro. Para os modelos Etios Sedan, Voyage, Prisma, Logan e Cobalt, o ano mínimo será 2019. Já para Argo e Polo, o ano mínimo exigido passa a ser 2023. Para os demais modelos não listados, o carro deve ter sido fabricado a partir de 2016. Um ponto importante é que o modelo Renault Logan deixará de ser aceito na categoria Comfort a partir de 6 de julho de 2026, independentemente do ano de fabricação.
Assim como no Uber Black, os carros da categoria Comfort devem possuir ar-condicionado e quatro portas. Já os motoristas interessados em atuar na categoria devem ter feito mais de 100 viagens em outras categorias da Uber (com exceção das categorias Moto, Envios Moto e Táxi). No caso de Porto Alegre, a média mínima de avaliação exigida dos motoristas é de 4,85 para continuar ou começar a receber viagens na categoria Comfort.