Para celebrar o Dia Nacional da Vacinação, comemorado nesta sexta-feira, dia 17 de outubro, a Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS) promove no sábado (18), o dia D da vacinação. Neste dia, todas as 132 unidades de Porto Alegre estarão abertas, das 9h às 18h. Ainda como parte da estratégia, o transporte público da Capital terá passe livre no sábado. A ação de vacinação se estende ao interior do Estado.
O Ministério da Saúde (MS) começou no início do mês, em todo o território brasileiro, a Campanha Nacional de Multivacinação, que tem como foco vacinar as crianças de zero até 15 anos. No Rio Grande do Sul, cerca de 1,8 milhão de pessoas estão incluídas neste perfil. De acordo com informações do MS, mais de 6,8 milhões de doses foram distribuídas em todo o País, para a ação que ocorre entre os dias 6 e 31 de outubro.
A campanha reforça que a proteção contra doenças imunopreviníveis é garantida caso todas as doses recomendadas tenham sido aplicadas. A estratégia contribui para melhorar as coberturas vacinais e manter sob controle as doenças que podem ser evitadas pelaos imunizantes.
Vanessa Coffy, enfermeira da Diretoria de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde da Capital, relata que houve uma baixa procura no final de semana dos dias 11 e 12. Como motivo, ela destaca os movimentos antivacina e o desconhecimento de doenças que estão voltando.
No entanto, ela garante que o Programa Nacional de Imunizações é um dos melhores do mundo. "Vivemos um período em que as pessoas desacreditam nas vacinas e, ao mesmo tempo, a maioria delas nunca teve contato com as doenças. Por exemplo, sarampo e poliomelite, os jovens adultos de hoje não passaram por isso. Então, consequentemente, o medo da doença é menor e a cobertura vai baixando com o tempo", exemplifica a profissional.
Leonardo Rodrigues, enfermeiro-técnico responsável da Atenção Primária à Saúde (APS) da prefeitura de Porto Alegre, diz que o objetivo é reforçar a carteira de vacinação das crianças. "Pedimos para que os pais levem os filhos junto com a carteira de vacinação, para que se possa conferir que a criança tomou todas as vacinas. Algumas mudam de critério e o pequeno pode estar com alguma dose faltando, por isso é importante levar a carteira para que os profissionais avaliem".
De acordo com o enfermeiro, a atenção é voltada ao sarampo. A vacina tríplice viral contra a doença volta a estar no quadro de prioridades devido ao risco de reintrodução. Em 2024, o Brasil havia conquistado a certificação de eliminação da patologia, mas por conta de altos casos em países das Américas, se voltou o alerta. Porto Alegre registrou um caso em abril de 2025, na ocasião, uma mulher adulta não vacinada, que retornou de viagem dos Estados Unidos, foi diagnosticada.
Vacinas do calendário da criança para menores de 7 anos de idade
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BCG (tuberculose);
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Hepatite B;
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Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite por Haemophilus influenzae tipo B);
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Pólio;
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Rotavírus;
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Pneumocócica decavalente;
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Meningocócica C;
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Meningocócica ACWY;
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Gripe (influenza);
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Covid-19;
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Febre amarela;
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Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
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Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela);
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DTP infantil (difteria, tétano e coqueluche);
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Hepatite A;
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Varicela,
Vacinas do calendário da criança a partir de 7 anos de idade e do calendário do adolescente
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Hepatite B;
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Febre amarela;
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Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
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Dupla adulto (difteria e tétano);
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Tríplice bacteriana adulto (difteria, tétano e coqueluche);
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Meningocócica ACWY;
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HPV;
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Varicela.