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Publicada em 25 de Setembro de 2025 às 18:13

Intensificação da vacinação contra o sarampo é prorrogada em todo País

No Rio Grande do Sul foram identificados 35 municípios para a prioridade da intensificação vacinal

No Rio Grande do Sul foram identificados 35 municípios para a prioridade da intensificação vacinal

MARCO QUINTANA/JC
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Marco Charão
O sarampo foi historicamente uma das principais causas de mortalidade infantil. Com avanços da medicina, a doença conseguiu ser melhor controlada. O Brasil, no ano passado, reconquistou o certificado de país livre da circulação da enfermidade, mas ainda é um desafio a ser enfrentado, principalmente na cobertura vacinal. Para isso, o Ministério da Saúde prorrogou a intensificação vacinal por tempo indeterminado.
O sarampo foi historicamente uma das principais causas de mortalidade infantil. Com avanços da medicina, a doença conseguiu ser melhor controlada. O Brasil, no ano passado, reconquistou o certificado de país livre da circulação da enfermidade, mas ainda é um desafio a ser enfrentado, principalmente na cobertura vacinal. Para isso, o Ministério da Saúde prorrogou a intensificação vacinal por tempo indeterminado.
Os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, mas o principal são manchas vermelhas no corpo e febre alta. Junto com eles, coriza, conjuntivite e tosse também aparecem. Além de ser altamente contagioso, a vacinação se torna importante, principalmente em bebês e crianças.
Em 23 de junho deste ano foi determinado pelo Ministério da Saúde um período de intensificação da vacinação até 23 de setembro, em vários estados, principalmente aos que fazem fronteira com países vizinhos, devido a um aumento no número da doença na região das Américas. No Brasil, são 28 casos em 2025, com a maioria no Tocantins, muito próximo da Bolívia, que teve um surto recentemente, registrando 300 casos.
Para Isabela Castro, chefe-substituta da Seção de Imunizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs/RS), esse aumento do número de casos no Brasil se justifica por pessoas que viajaram, contraíram a doença e não estavam vacinadas. “Considerando todo esse cenário nas Américas, o Ministério da Saúde orientou que a intensificação continuasse, sem um prazo definido para o término”.
No Rio Grande do Sul foram identificados 35 municípios para a prioridade da intensificação vacinal. “As prioridades são as Regiões da Fronteira, Região da Serra, devido ao alto número de turistas na temporada de inverno, e a Capital, por conta da alta densidade populacional”, explica Isabela. No Rio Grande do Sul foi identificado um caso em Porto Alegre, de uma pessoa que contraiu a doença em uma viagem, em abril.
A respeito das medidas para a intensificação, a chefe substituta diz que cada município trabalha com a sua operação, fazendo uma busca ativa da população vacinada ou não, para conseguir proteger a comunidade. É recomendado a vacina tríplice viral para as crianças com um ano de idade, e depois, aos 15 meses, a aplicação da segunda dose. A população até 29 anos precisa de duas doses, e a de 30 a 59 anos, uma única dose.
Profissionais da saúde, independente da idade, precisam de duas doses. O Ministério da Saúde também sugeriu a adoção da dose zero, em locais de maior vulnerabilidade, para bebês de seis a onze meses. Essa dose não consta para a caderneta de vacinação. As doses para todos os públicos podem ser aplicadas nas unidades de saúde pública.

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