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Publicada em 02 de Outubro de 2025 às 12:09

Intoxicação por metanol começa a ser sentida entre 12h e 24h após consumo, diz médico

Gregory Medeiros, chefa da UTI do HMV, diz que não há registros no RS

Gregory Medeiros, chefa da UTI do HMV, diz que não há registros no RS

Sicabege/Divulgação/JC
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Mauro Belo Schneider
Mauro Belo Schneider Editor-executivo
Os efeitos da intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas começam a ser sentidos apenas entre 12h e 24h após o consumo, alerta o médico intensivista e chefe da UTI do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, Gregory Medeiros. “Isso é algo que atrapalha, pois nem sempre a pessoa faz a associação”, afirma o profissional, ressaltando que o Rio Grande do Sul não tem registro de casos até o momento.
Os efeitos da intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas começam a ser sentidos apenas entre 12h e 24h após o consumo, alerta o médico intensivista e chefe da UTI do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, Gregory Medeiros. “Isso é algo que atrapalha, pois nem sempre a pessoa faz a associação”, afirma o profissional, ressaltando que o Rio Grande do Sul não tem registro de casos até o momento.
Entre os sintomas, estão dor de cabeça, visão borrada, sonolência, vômitos e dificuldade para respirar. “É como se fosse uma ressaca mais forte e desproporcional”, compara. Tão logo a pessoa suspeite da ingestão do produto — que não altera o sabor da bebida —, deve buscar um pronto-socorro.
“Na emergência, pode ser aplicado um antídoto na veia ou a realização de hemodiálise, capaz de filtrar o sangue e remover a substância tóxica. Se isso não for feito, pode evoluir para convulsão, parada cardíaca e morte”, descreve Medeiros.   
O médico salienta que as equipes médicas estão bastante vigilantes, mas que, como inexiste registro em solo gaúcho, não há recomendação para suspender a ingestão. É preciso, no entanto, segundo ele, evitar bebidas de procedência duvidosa, pois “essas adulterações não são isoladas, ocorrem em lotes”.  
Diante dos registros de mortes por intoxicação por metanol, o Ministério da Saúde emitiu recomendações na quarta-feira (1) sobre o que fazer quando houver suspeita de contaminação. Até o momento, o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) registrou 43 casos suspeitos em todo o Brasil. Desse total, 39 são no estado de São Paulo — sendo 10 confirmados — e outros quatro em Pernambuco, que estão em apuração. Cinco pessoas morreram.
 
 
 
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