Será assinado, na próxima quinta-feira, na Federação da Indústria e Comércio do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, o contrato do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para captação de crédito que viabilizará a construção de um novo prédio entre a avenida Francisco Trein e a rua Umbú, na Zona Norte. O Hospital Fêmina integrará o complexo e, por isso, deixará o seu endereço atual, na rua Mostardeiro.
O investimento neste projeto, cuja previsão de conclusão é de cinco anos, somará cerca de R$ 1 bilhão. Conforme o presidente do GHC, Gilberto Barichello, 17 consultorias já estariam interessadas em participar da Parceria Público-Privada (PPP). Serviços como estacionamento, higiene, refeição, entre outros, serão fornecidos por empresas terceirizadas.
“O contrato é o momento em que se começa a desenvolver o projeto”, reforça Barichello, explicando que a formalização ocorrerá durante o 1º Congresso do GHC 100% SUS, entre 28 e 30 de agosto, com representantes do GHC, BNDES e Casa Civil.
A construção na Zona Norte será em um terreno de 9 mil metros quadrados que pertencia ao Grupo Zaffari. O Hospital Fêmina será unificado ao Hospital da Criança Conceição, que tem quartos muito pequenos por sua arquitetura da década de 1970. Além disso, haverá um centro de ensino e pesquisa, um centro ambulatorial e uma central de logística.
Gilberto Barichello detalhou novidade durante visita ao JC
TÂNIA MEINERZ/JC
“O GHC é o grupo hospitalar que mais faz pesquisa clínica, isso é um grande ativo”, argumenta o executivo. Ele lembra, ainda, que a Medida Provisória 1301 incluiu uma emenda que cria uma subsidiária do GHC só para ensino e pesquisa.
Outros cerca de R$ 250 milhões são previstos na licitação que deve abrir no dia 3 de setembro para um novo prédio de sete andares. A estrutura abrigará um centro de diagnóstico e terapia do GHC na frente da atual torre administrativa.
Conforme Barichello, isto será apresentado ao prefeito Sebastião Melo na semana que vem e o empreendimento deve estar operando em três anos. Ele acrescenta, ainda, que o prédio do Fêmina, avaliado em R$ 80 milhões, será disponibilizado ao mercado sem grandes impactos ao cenário da saúde da Capital.
“Onde está o Fêmina tem vários hospitais, como Moinhos de Vento, Santa Casa, Presidente Vargas. A vocação do GHC é de atender a todos. Aquele cinturão de pobreza, Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, vem pela Zona Norte”, sustenta.
“Estamos somando investimentos de mais de R$ 1 bilhão para o sistema estadual e municipal da saúde sem o Estado e o município colocarem dinheiro. É para cuidar das pessoas, ensino, pesquisa e pela produção de novas tecnologias”, celebra Barichello.