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Publicada em 22 de Agosto de 2025 às 10:53

Falta de quebra-molas próximo à escola preocupa comunidade

Pai de estudante cobra poder público por medidas de segurança em volta da Escola Olavo Nunes

Pai de estudante cobra poder público por medidas de segurança em volta da Escola Olavo Nunes

TÂNIA MEINERZ/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca
A segurança nas escolas abrange o entorno dos espaços e tem no trânsito uma das principais necessidades de atenção. Sem a devida sinalização e medidas que obriguem o motorista a reduzir a velocidade em espaços de circulação de crianças, acidentes e potenciais tragédias se tornam mais suscetíveis. É este o cenário da Escola Cristã Reverendo Olavo Nunes, de acordo com o pai de uma das estudantes, Rodrigo De Sordi.
A segurança nas escolas abrange o entorno dos espaços e tem no trânsito uma das principais necessidades de atenção. Sem a devida sinalização e medidas que obriguem o motorista a reduzir a velocidade em espaços de circulação de crianças, acidentes e potenciais tragédias se tornam mais suscetíveis. É este o cenário da Escola Cristã Reverendo Olavo Nunes, de acordo com o pai de uma das estudantes, Rodrigo De Sordi.
Ele conta que, recentemente, sua filha Maria Lúcia ficou a um metro de ser atropelada ao atravessar a rua São Salvador, nos fundos da instituição. Apesar de ter se tratado de um lapso de desatenção da criança, De Sordi relata que o tráfego nas redondezas ocorre acima do limite de velocidade e que, além da falta de sinalização, a ausência de um quebra-mola é sentida.
Entretanto, “a escola menciona que já tentou de algumas maneiras solicitar isso e recebeu resposta de que não tinha essa autorização porque eles entendiam que não era necessário”, conta De Sordi. Próxima à avenida Sertório e à avenida Assis Brasil, a rua é movimentada e gera preocupação. Há, também, um ponto na parte da frente, com um pátio onde a carga e descarga se torna mais segura, explica. “Estamos sempre correndo o risco de dar um apagão numa criança e acabar acontecendo uma tragédia”, completa.
Por outro lado, o diretor técnico da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Tiago Bueno, relata que a Escola Olavo Nunes recebeu uma intervenção de sinalização em 2023, além de uma reunião dos gestores ali com o diretor anterior do órgão de trânsito, na qual ficou acordado que a escola faria um projeto de sinalização e melhoria para o entorno, que seria apresentado para aprovação. “Isso não aconteceu, e a sinalização que segue foi implantada por nós”, lembra.
A instalação de dispositivos de sinalização e redução de velocidade é um processo que envolve diversos setores, segundo o diretor técnico. A engenharia da EPTC, em parceria com a Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU), fica com o planejamento e os estudos em relação às necessidades da cidade. Depois, a Secretaria de Serviços Urbanos (SBU) fica a cargo da execução desses projetos.
Para a implantação de uma lombada, por exemplo, a área estudada precisa contemplar uma série de fatores como condições de pavimento e uma distância de cinco metros para curvas e esquinas. Bueno também critica a postura dos condutores a partir das melhorias das vias. “Se pavimentamos uma rua, ela fica excelente para circulação. Aí os usuários excedem a velocidade e colocam em risco a vida dos demais. É um declínio da evolução do trânsito.” Outro exemplo de instrumento para controle é o estreitamento das pistas, citado por Bueno.
No entorno das escolas, o diretor conta que a EPTC possui um projeto de sinalização das áreas escolares que faz uma revitalização no entorno de 100 metros a cada início de ano letivo, para melhorar a visibilidade e trocar a sinalização. Agora, em 2025, iniciou-se o programa Caminho Seguro, que faz uma análise de um raio de 300 metros a 500 metros, e envolve a comunidade escolar em uma discussão para poder desenvolver um projeto de mobilidade completo. A iniciativa tem como meta abranger 10 instituições de ensino por ano, por conta da complexidade do processo.

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