Com um investimento de R$ 210 milhões e uma área construída de mais de 6,5 mil metros quadrados, o Hospital Moinhos de Vento inaugurou nesta quinta-feira (21) o Hospital do Coração. A instituição de saúde conta com 33 leitos de Centro de Terapia Intensiva (CTI), 20 leitos de internação, quatro salas de hemodinâmica para procedimentos minimamente invasivos, além de centro cirúrgico e recursos avançados em medicina nuclear. O novo hospital, que já está em funcionamento, é especializado em prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares complexas.
Em entrevista coletiva, o CEO do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, disse que a nova estrutura será referência em cardiologia de alta complexidade no Rio Grande do Sul. "Pela primeira vez, nós teremos as subespecialidades da cardiologia respeitadas e protegidas dentro da unidade", comenta. Conforme o executivo, o hospital foi pensado numa logística única e para facilitar o atendimento da alta complexidade na coisa que mais importa nas situações cardíacas que são o fator tempo. "Em breve, o hospital Moinhos de Vento fará 100 anos de fundação (outubro de 2027) e o nosso objetivo é sermos o melhor hospital do Brasil", acrescenta.
Segundo Parrini, as áreas assistenciais e de apoio foram projetadas para garantir segurança e fluidez no cuidado do paciente. Dos 6.506 metros quadrados, cerca de 5.040 metros quadrados são dedicados exclusivamente às atividades assistenciais, maximizando a eficiência no cuidado ao paciente. "O Hospital do Coração do Moinhos de Vento é mais do que uma expansão física: é a concretização do compromisso em entregar à sociedade uma estrutura do mais alto padrão e referencial internacional", destaca.
Para o superintendente médico do Hospital Moinhos de Vento, Luiz Antonio Nasi, a nova estrutura de saúde aumenta a capacidade de atender pacientes com perfis clínicos cada vez mais complexos. "São atendimentos que serão feitos em um ambiente moderno, seguro e totalmente preparado para integrar diferentes especialidades", ressalta. Nasi disse que o paciente cardiovascular terá um atendimento que reúne emergência cardiológica, exames diagnósticos de última geração, tratamentos inovadores e recursos avançados em medicina nuclear.
A nova unidade, de acordo com Parrini, foi desenvolvida com o que há de mais atual e eficaz no tratamento de doenças cardiovasculares. "Temos uma infraestrutura moderna e uma equipe multidisciplinar altamente especializada, dentro de uma estrutura 100% funcional com mais de 300 profissionais entre médicos e enfermeiros", destaca. Segundo dados do Global Burden of Disease (GBD), as doenças cardíacas isquêmicas respondem por cerca de 32,3% dos óbitos por doenças cardiovasculares no Brasil, enquanto o Acidente Vascular Cerebral (AVC) representa outros 27,8% desses casos.
A estimativa é que ocorram entre 300 mil e 400 mil casos de infarto por ano no Brasil, com mortalidade global de um a cada 5 a 7 ocorrências. "Nosso destaque são nossos indicadores de desempenho clínico mostrando valores muito mais baixos de mortalidade e complicações após essas condições. Queremos oferecer prevenção, diagnóstico preciso e tratamento de excelência", comenta a médica Carisi Anne Polanczyk, chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital Moinhos de Vento.
Conforme Parrini, o novo Hospital do Coração amplia sua referência no tratamento de arritmias cardíacas, com abordagens inovadoras, e nas doenças valvulares, incluindo procedimentos como a substituição e reparo da válvula, com técnicas minimamente invasivas. "O hospital oferece atendimento especializado para pacientes com doenças cardíacas genéticas, ambulatório de dislipidemia e prevenção dos efeitos da quimioterapia sobre o coração, uma área crescente de preocupação para sobreviventes de câncer", explica.
A inauguração do Hospital do Coração contou também com as presenças do médico cardiologista Marco Wainstein, e do médico Leandro Zimerman, coordenador de Eletrofisiologia do Hospital Moinhos de Vento. Na visita às dependências do novo hospital feita pela equipe médica e pelo CEO Mohamed Parrini, Wainstein realizou uma apresentação na sala de hemodinâmica que será utilizada para procedimentos minimamente invasivos e de alta precisão em cardiologia e neurovascular.
Luiz Nasi, Carisi Polanczyk, CEO Mohamed Parrini, Marco Wainstein e Leandro Zimerman na coletiva de imprensa sobre o novo Hospital do Coração
TÂNIA MEINERZ/JC