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Publicada em 11 de Agosto de 2025 às 16:31

Mutirão "Meu Pai Tem Nome" acontece nesta sexta-feira

O projeto visa mudar a realidade de cerca de 3 mil pessoas que não têm o nome do pai na certidão de nascimento

O projeto visa mudar a realidade de cerca de 3 mil pessoas que não têm o nome do pai na certidão de nascimento

Marcello Casal Jr/Agência Brasil/DIVULGAÇÃO/JC
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Agências
Nesta sexta-feira (15), a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul (DPE/RS) realizará mais uma edição do mutirão "Meu Pai Tem Nome", que visa atingir pelo menos 3 mil crianças, adolescentes e adultos que não têm o nome do pai na certidão de nascimento. A atividade acontecerá das 13h às 17h, na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. 
Nesta sexta-feira (15), a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul (DPE/RS) realizará mais uma edição do mutirão "Meu Pai Tem Nome", que visa atingir pelo menos 3 mil crianças, adolescentes e adultos que não têm o nome do pai na certidão de nascimento. A atividade acontecerá das 13h às 17h, na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. 

Promovido pelo Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (CONDEGE), o projeto acontece desde de 2022 e tem como foco fomentar uma paternidade ativa e consciente. Somente no primeiro semestre deste ano, 2.877 bebês nascidos não tiveram o registro do genitor em seu documento – em 2024, foram 6.541 crianças nessa situação.

 

Contudo, se ampliarmos o período de busca, os números são ainda mais assustadores: desde 2020, pelo menos 35 mil recém-nascidos foram registrados apenas com o nome da mãe, segundo dados dos Cartórios de Registro Civil do RS.

 

“A ação ‘Meu Pai tem Nome’ revela-se de extrema importância, pois visa não somente garantir o direito à filiação, mediante a inclusão do nome do pai no registro de nascimento, mas de sensibilizar a população a respeito da paternidade responsável e de seu impacto ao longo do desenvolvimento do indivíduo”, ressaltou a defensora pública dirigente do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente, Paula Simões Dutra de Oliveira.

 

No mutirão, serão promovidas inúmeras ações com objetivo de estimular o reconhecimento de paternidade biológica e socioafetiva e a necessidade de que, a partir da alteração do registro, garanta-se também a presença, com o desenvolvimento de um vínculo efetivo e estruturante, fundamental e necessário na formação do indivíduo.

 

Com o apoio das Defensorias Públicas Estaduais, além das ações para reconhecimento de paternidade, haverá coleta para realização de exames de DNA, atividades de educação em direitos, sessões de mediação familiar e oficinas de parentalidade responsável, com debates sobre o papel do pai na formação da criança.

 

O projeto “Meu Pai Tem Nome” é uma oportunidade para que famílias busquem o reconhecimento formal e afetivo da figura paterna, em um ambiente acolhedor, com escuta qualificada e suporte jurídico integral e gratuito.

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