O governo do Rio Grande do Sul autorizou a licitação que prevê a duplicação e melhorias do trecho de Viamão da Estrada Caminho do Meio, com 11,4 km. O investimento é de R$ 146,1 milhões do Tesouro estadual. A decisão será oficialmente anunciada na manhã desta quinta-feira (10), no Palácio Piratini, pelo governador Eduardo Leite e o secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Marcelo Caumo.
A Estrada Caminho do Meio está entre as principais vias para chegada e saída de Porto Alegre, especialmente para os municípios de Alvorada e Viamão. O trajeto, contudo, tem pista simples entre o cruzamento com a avenida Manoel Elias e a RS-040, em Viamão.
As obras do projeto Caminho do Meio, que estavam previstas desde o início de 2025, também devem contemplar os trechos situados nos municípios de Porto Alegre e Alvorada. Ao todo, portanto, serão 23 km de duplicação e melhorias. A previsão é que as obras mobilizem um investimento de mais de R$ 284,4 milhões com verba estadual.
O prefeito de Viamão, Rafael Bortoletti, considera a obra como uma das mais importantes da história do município e Região Metropolitana. Ele frisa que "além da importância da mobilidade, há também o desenvolvimento econômico para a cidade". Com a duplicação, ele explica que há uma sinalização de comerciantes para explorar o espaço. "É um lugar que temos quase nenhum comércio, a não ser no distrito industrial, que já é antigo e um pouco saturado. Acredito muito que teremos uma atração grande de empresas para a região", conta.
O anúncio com o governador do Estado, nesta quinta, será uma formalidade para oficializar o processo e acabar com a descrença da população que, segundo o prefeito, ocorre por conta de diversas divulgações a nível nacional, sem se concretizar depois. "É a confirmação para nós, prefeitos, e para os moradores", conta. "Agora é uma questão de contratação das empresas e gestão da obra, também sem causar prejuízo para a população, porque é um corredor de mobilidade para ir ao trabalho", completa.
Ainda sobre o pé atrás da população, Bortoletti explica que o que gerou a suspensão foi uma questão de projetos de gabaritos de Viamão. "Reduziu um pouco o gabarito para evitar e para fugir da desapropriação, que demoraria muito tempo. Fizemos uns ajustes no projeto exatamente para fugir deste atraso". A previsão de conclusão das obra é de três anos, assim que iniciada.