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Publicada em 26 de Junho de 2025 às 18:45

Fortes chuvas devem atingir o Estado e agravar o cenário das cheias no final de semana

Chuva irá agravar situação em zonas urbanas e causar repique nos rios na próxima semana

Chuva irá agravar situação em zonas urbanas e causar repique nos rios na próxima semana

BRENO BAUER/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca
Logo após um pequeno arrefecimento do nível dos rios nesta quinta-feira (26), a tendência para o final de semana é que as fortes chuvas piorem a situação das cheias no Estado. De acordo com a Metsul Meteorologia, trata-se de um “quadro potencialmente muito delicado em diversas cidades na próxima semana”. A situação se dá pelo contraste térmico entre duas massas de ar — uma mais quente, entre Santa Catarina e Paraná, e outra mais fria, na Argentina. A sexta, no entanto, será de tempo seco e firme em todo o Rio Grande do Sul, afirma a metereologista da companhia, Estael Sias.
Logo após um pequeno arrefecimento do nível dos rios nesta quinta-feira (26), a tendência para o final de semana é que as fortes chuvas piorem a situação das cheias no Estado. De acordo com a Metsul Meteorologia, trata-se de um “quadro potencialmente muito delicado em diversas cidades na próxima semana”. A situação se dá pelo contraste térmico entre duas massas de ar — uma mais quente, entre Santa Catarina e Paraná, e outra mais fria, na Argentina. A sexta, no entanto, será de tempo seco e firme em todo o Rio Grande do Sul, afirma a metereologista da companhia, Estael Sias.
Com diversos níveis de rios acima das cotas de alerta e inundação, a instabilidade faz com que moradores de regiões urbanas redobrem a precaução. Zonas como Missões, Planalto Médio, vales, Serra, Grande Porto Alegre e Litoral Norte correm riscos de alagamentos.
O mau tempo ganha força na manhã de sábado, e se estende ao longo do dia, com fortes chuvas em todo Estado, à exceção da fronteira com o Uruguai. Isso significa que, mesmo com a redução do nível das águas prevista pelo Grupo de Pesquisas Hidrologia de Grande Escala (HGE) do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs, o cenário de enchente deve piorar.
Estael explica que os novos alagamentos, neste primeiro momento, devem ocorrer por conta das chuvas, e não pelos rios. Na Capital, são costumeiras as cenas de bueiros transbordando e casas de bomba sobrecarregadas. Não ocorreu apenas nas enchentes de maio do ano passado, mas também em outros temporais.
No entanto, ao longo da próxima semana, é esperado um repique dos rios por conta do volume de precipitação que, além do sábado, também será intenso na madrugada e manhã de domingo. No recorte de 12h, alguns pontos do Rio Grande do Sul podem receber acumulados equivalentes ao volume de um mês de chuvas, na casa dos 100 mm a 150 mm.
No restante do domingo, a “chuva vai ocorrer com os níveis elevados dos rios na Região Metropolitana e com os sistemas de bombeamento da macrodrenagem urbana saturados pelas cheias dos rios, o que pode dificultar ainda mais a absorção da água”, salienta a MetSul.
Outro ponto de atenção para o final de semana está no Rio Taquari, que costuma registrar altas violentas e desemboca no Guaíba, impactando a Capital. Em relação a outras duas ondas de vasão, é alta a probabilidade de superar a primeira, o Taquari chegou a 23m em Lajeado, e excederá a segunda (repique) que teve 18 metros”, alerta a companhia de meteorologia. Ainda assim, não há expectativa de algo parecido com as enchentes de 2024.
Ainda nesta quinta, na medição das 17h do Departamento de Recursos Hídricos (DHR) da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), o Guaíba marcou 3,38m na Usina do Gasômetro — 22cm abaixo da cota de inundação e 6cm a menos em 24h. Já no Cais Mauá, são 2,91m, 9cm abaixo da cota de inundação. Já o Rio dos Sinos, em São Leopoldo, marca 4,73m e também está inundado. O Rio Caí, em São Sebastião do Caí, com 5,98m, está na cota de atenção, e o Rio Gravataí, com 4,65m, está acima da cota de alerta.

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