O Rio Grande do Sul é o estado que reúne a maior proporção de praticantes de Umbanda e Candomblé. Cerca de 3,2% dos gaúchos seguem alguma religião de matriz africana. Já no Brasil, como um todo, a porcentagem fica em 1,05%, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6).
Os resultados evidenciam o crescimento das religiosidades afrobrasileiras no Estado. Em 2010, entre 10 milhões de gaúchos, cerca de 157,5 mil eram adeptos às religiões de matriz africana, o que representa 1,5% da população. Desse total, aproximadamente 140,3 mil seguiam a Umbanda, 8,4 mil o Candomblé e 8,8 mil outras religiões de matriz africana.
Já neste último levantamento, a porcentagem dobrou. De acordo com o Censo 2022, cerca de 3,2% dos gaúchos se identificam como praticantes de Umbanda ou Candomblé. São cerca de 306,4 mil pessoas, dentre as 9,6 mil consultadas.
Em Porto Alegre, a proporção seguiu a mesma tendência. Em 2010, 3% dos porto-alegrenses praticavam a Umbanda, o Candomblé ou outras religiões de matriz africana. Já em 2022, a porcentagem também dobrou: cerca de 6,35% dos moradores da capital gaúcha seguem religiões de matriz africana.
De modo geral, o Catolicismo foi a religião predominante em todas as regiões do Brasil, incluindo na Região Sul, onde a proporção de praticantes ficou em 62,4% dos habitantes. No Rio Grande do Sul, em específico, a igreja Católica Apostólica Romana também reuniu a maior porcentagem, com 60,6% dos gaúchos.
Na sequência, estão os evangélicos, que representam 21,3% do Estado. O Espiritismo, por sua vez, é praticado por cerca de 2,9% dos moradores do Rio Grande do Sul. Em contrapartida, aproximadamente de 8,8% da população não possui religião.