O Chuí é a cidade com maior proporção de pessoas sem religião no Brasil. Ao todo, o município, que fica no extremo sul do Rio Grande do Sul, tem 5.476 habitantes. Desse número, 2.068 pessoas não possuem religião, o que representa 37,8% da população, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022, que foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira (6).
Os resultados do levantamento, que apontou mudanças do perfil religioso nacional, apontaram que o número de brasileiros sem religião continua crescendo. Entre 2010 e 2022, houve um aumento de 1,3 ponto percentual (p.p.) no total de pessoas que declaram não possuir religião.
Em 2010, 7,9% da população declarava não possuir nenhuma crença religiosa. Já na última pesquisa, a porcentagem subiu para 9,3%, o que representa cerca de 16,4 milhões pessoas. A maioria dos cidadãos que não têm religião são homens, que representam 56,2% ou 9,2 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade.
Na Região Sul, cerca de 7,1% da população não possui religião. Quando comparada com as demais regiões, essa foi a menor proporção. A maior, por outro lado, foi a Região Sudeste, que foi a única a superar a média nacional, com 10,6% da população sem religião.
Quanto às faixas etárias, o grupo sem religião alcançou a sua proporção máxima entre os jovens de 20 a 24 anos, representando 14,3% desta faixa etária. Enquanto, entre as pessoas com 80 anos ou mais de idade, a ausência de religião atingiu apenas 4,1% do grupo.
No Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre, a quantidade de pessoas que declararam não possuir religião representa 15,5% da população. Entre os 1.191.682 habitantes, 185.353 deles não têm crenças religiosas. A Região Metropolitana seguiu a mesma tendência. Em Viamão, 15,8% das pessoas não têm religião. O índice ficou em 11,9% em Canoas e 11,4% em Guaíba.
Enquanto isso, os menores índices de pessoas sem religião foram registrados no interior do Estado. Em Itapuca, apenas uma pessoa, entre os 1,7 mil habitantes, declarou não possuir religião. Em Ibarama, apenas dois dos 3,3 mil cidadãos se encaixam no grupo. Já em Rondinha, dos 4,5 mil cidadãos, somente três não possuem crenças religiosas.