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Publicada em 04 de Junho de 2025 às 19:13

Falta de vacinas é realidade em um terço dos municípios do Brasil

Estudo ouviu 1.490 municípios entre 11 de abril e 14 de maio

Estudo ouviu 1.490 municípios entre 11 de abril e 14 de maio

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Agências
A terceira edição do estudo Falta Vacina para Proteger as Crianças Brasileiras, da Confederação Nacional de Municípios (CNM), revela que o País ainda enfrenta grande desabastecimento de imunizantes. Realizada entre 11 de abril e 14 de maio deste ano, a pesquisa ouviu 1.490 municípios, dos quais 33,7% relataram falta de vacinas.
A terceira edição do estudo Falta Vacina para Proteger as Crianças Brasileiras, da Confederação Nacional de Municípios (CNM), revela que o País ainda enfrenta grande desabastecimento de imunizantes. Realizada entre 11 de abril e 14 de maio deste ano, a pesquisa ouviu 1.490 municípios, dos quais 33,7% relataram falta de vacinas.
O imunizante contra varicela (catapora) está em falta em 32% das cidades, muitas delas há mais de 90 dias. A cobertura vacinal contra a doença caiu para 74,46%, distante da meta de 95%. A tetraviral, que também protege contra sarampo, caxumba e rubéola, registra escassez em 16% dos municípios.
O imunizante contra a Covid-19 também apresenta falhas no abastecimento: faltam doses para adultos em 9% das cidades e, para crianças, em 8%. O levantamento associa essa escassez ao aumento de infecções pelo vírus, responsável por 18,6% dos 50.090 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados neste ano no Brasil. A CNM alerta que a falta da vacina eleva o risco de hospitalizações e mortes.
Outras vacinas essenciais, como as contra dengue (ausente em 8% das cidades), meningite meningocócica e poliomielite, também sofrem com a distribuição irregular, o que compromete décadas de avanços e expõe principalmente as crianças a doenças evitáveis.
Segundo o Ministério da Saúde, a distribuição segue um fluxo: a pasta envia as vacinas aos estados, que repassam aos municípios conforme a demanda. Quando há falta local, a prefeitura deve acionar a Secretaria Estadual. A pasta afirma manter estoques regulares da maioria dos imunizantes. A única exceção é a vacina contra varicela, afetada por limitações na produção do laboratório fabricante. A compra já foi feita e a entrega, segundo o ministério, seguirá o cronograma contratado.

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