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Publicada em 22 de Maio de 2025 às 19:55

Marina: Se não reparar PL do licenciamento no Congresso, trabalharemos mecanismos no Executivo

 "Pela lei aprovada ontem estou de luto, mas pelo que encontro aqui agora estou de luta", afirmou

"Pela lei aprovada ontem estou de luto, mas pelo que encontro aqui agora estou de luta", afirmou

José Cruz/Agência Brasil/JC
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Agências
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a criticar o Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental uma Aula Magistral na PUC-Rio, nesta quinta-feira, (22), alertando que a aprovação no Senado do texto considerado um retrocesso "quebrou a coluna vertebral da proteção ambiental do País" construída desde 1981.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a criticar o Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental uma Aula Magistral na PUC-Rio, nesta quinta-feira, (22), alertando que a aprovação no Senado do texto considerado um retrocesso "quebrou a coluna vertebral da proteção ambiental do País" construída desde 1981.
Perguntada se pediria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para vetar o PL, se aprovado pelo Congresso, Marina disse que como defensora da democracia, defende o diálogo, e que a votação ainda não terminou."Se não conseguirmos fazer a reparação (no Congresso) obviamente aquilo que não é condizente com a proteção do meio ambiente vai ser trabalhado dentro do governo para que a gente possa reparar dentro de acordo com mecanismos que o executivo dispõe", disse após o evento, ressaltando que o pedido de urgência para a votação do texto preocupa.

Com o tema "Democracia participativa e biodiversidade", a aula na PUC-Rio foi uma comemoração ao Dia da Biodiversidade, saudado pela ministra, que mais cedo havia declarado estar de luto após a aprovação da véspera. "Pela lei aprovada ontem estou de luto, mas pelo que encontro aqui agora estou de luta", afirmou.

A aula da ministra faz parte do Congresso das Universidades Ibero-americanas, preparatório para COP30, que celebra os 10 anos da Laudato Si', encíclica do papa Francisco, que trata do cuidado com o meio ambiente e com as pessoas.

"Propusemos um balanço ético global e estamos dialogando com o Vaticano, antes com o Papa Francisco, agora com o Papa Leão XIV, para que a gente possa fazer balanço ético liderado por ele, e ele vai precisar do suporte da ciência, porque temos que chegar na COP30 e dizer que é a COP da instalação", informou a ministra, referindo-se à necessidade de se implantar decisões de fato para minimizar o aquecimento global.

Marina afirmou ainda, que o mundo está vivendo o que ela classificou de "síndrome do espectador climático", com pouca ação por não ficar claro de quem é a responsabilidade. Mas disse que é possível identificar os responsáveis. "Quem quer explorar combustíveis fósseis até a última gota", criticou.

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