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Publicada em 07 de Maio de 2025 às 15:02

Prefeitura de Cachoeirinha contratará empréstimo de R$ 450 milhões para investir na cidade

Prefeito Cristian Wasem pretende fimar operação de crédito internacional em novembro durante a COP30 no Brasil

Prefeito Cristian Wasem pretende fimar operação de crédito internacional em novembro durante a COP30 no Brasil

JAMIL AIQUEL/ESPECIAL/JC
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Jamil Aiquel
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A prefeitura de Cachoeirinha anunciou em coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (7),  o Programa Cachoeirinha 2050 – Resiliência Urbana e Inovação na Gestão de Riscos Climáticos. Segundo o poder público local, será o maior investimento da história do município.
A prefeitura de Cachoeirinha anunciou em coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (7),  o Programa Cachoeirinha 2050 – Resiliência Urbana e Inovação na Gestão de Riscos Climáticos. Segundo o poder público local, será o maior investimento da história do município.
Os recursos serão obtidos em uma operação de crédito internacional a ser firmada com o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), garantindo até US$ 78 milhões — cerca de R$ 450 milhões na cotação atual — para obras voltadas à prevenção de enchentes, mobilidade urbana segura e fortalecimento da infraestrutura municipal frente às mudanças climáticas.

Durante a coletiva de imprensa, o prefeito Cristian Wasem (MDB) e o secretário de Planejamento, Paulo Garcia, detalharam o projeto, afirmando que a iniciativa é resultado de um processo técnico iniciado em 2023, com garantia da União e assinatura prevista para a COP30, que ocorrerá em Belém, em novembro de 2025.

"O recado foi dado: precisamos agir de forma urgente. Esse é um dos pontos principais. Precisamos ir de encontro ao problema e não deixar o problema chegar, sem ter a solução", destacou Wasem.
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Além disso, o prefeito afirmou que a atual gestão busca reestruturar a cidade por conta própria, sem esperar ajuda do governo federal. "Passamos por calamidades ano passado. Aqui em Cachoeirinha foram cerca de 20 mil famílias atingidas. Perdemos vidas e bens materiais. Com esse projeto vamos restaurar as vidas das pessoas. Cadastramos projetos no governo federal que foram indeferidos. Vieram as narrativas políticas, de que na prefeitura não tem estudo, não tem preparo. Então, além de buscar dinheiro da união, criamos alternativas, sabendo das burocracias da política, para ajudar a população", enfatizou Wasem.

O secretário Paulo Garcia destacou que o montante recebido será utilizado em obras estruturantes para a cidade. Explicou detalhadamente os investimentos previstos e o valor utilizado em cada um deles. "Estamos falando de uma mudança de patamar da cidade. Não são soluções pontuais, são intervenções pensadas para preparar Cachoeirinha para as próximas décadas, com mais segurança, mobilidade e qualidade de vida", afirma.
Foram destacados investimentos de restauração na infraestrutura urbana e vias atingidas pela enchente, requalificação e construção de praças e parques, modernização de casas de bomba, o reforço na drenagem urbana, a capacitação de jovens e mulheres em ações sustentáveis, entre outras iniciativas.
Além disso, Garcia destacou que a prefeitura contratará uma auditoria externa para supervisionar os gastos. "Cada moeda que vamos investir na reconstrução da cidade será auditada. A população precisa saber sobre cada centavo investido. Isso significa transparência nos investimentos”, explicou

Boris Utria, consultor internacional do AIIB, destacou a parceria com o município de Cachoeirinha e os motivos que fizeram o banco firmar a parceria. “A administração da cidade, de forma muito clara e transparente, mostrou que esse investimento é para a cidade, pela cidade, para população e para o futuro, não apenas de um governo ou gestão”, afirmou. 

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