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Publicada em 18 de Fevereiro de 2025 às 18:56

Ideb do Rio Grande do Sul deve ser um dos maiores até 2035

Governador detalhou projeto de melhorias na estrutura das escolas gaúchas

Governador detalhou projeto de melhorias na estrutura das escolas gaúchas

Vitor Rosa/Secom/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
O Rio Grande do Sul tem como meta atingir a nota de 6,7 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos anos iniciais, até 2035. No último balanço, divulgado em 2023, o Estado atingiu a nota de 5,8. A agenda do governo gaúcho para educação nos próximos dez anos foi apresentada em uma coletiva de imprensa, realizada na Casa da Ospa, nesta terça-feira (18). A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) almeja alavancar a qualidade da aprendizagem em todos os níveis, incluindo também os ensinos Fundamental e Médio, visando colocar o Rio Grande do Sul no ranking dos três estados com o maior índice. “Estudamos caso a caso, projetamos o aumento do Ideb, a partir da nossa série histórica. Cada escola recebeu um quadro com acordos de resultados para que a meta seja atingida”, explicou a responsável pela pasta, Raquel Teixeira.
O Rio Grande do Sul tem como meta atingir a nota de 6,7 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos anos iniciais, até 2035. No último balanço, divulgado em 2023, o Estado atingiu a nota de 5,8. A agenda do governo gaúcho para educação nos próximos dez anos foi apresentada em uma coletiva de imprensa, realizada na Casa da Ospa, nesta terça-feira (18).

A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) almeja alavancar a qualidade da aprendizagem em todos os níveis, incluindo também os ensinos Fundamental e Médio, visando colocar o Rio Grande do Sul no ranking dos três estados com o maior índice. “Estudamos caso a caso, projetamos o aumento do Ideb, a partir da nossa série histórica. Cada escola recebeu um quadro com acordos de resultados para que a meta seja atingida”, explicou a responsável pela pasta, Raquel Teixeira.
De acordo com ela, o sistema de governança também está alinhado. “São metas ousadas, mas científicas”, destaca. Para atingir os objetivos, o governo gaúcho aposta, principalmente, em quatro frentes: aumentar a velocidade da melhoria educacional; tornar a comunidade e as estruturas escolares resilientes; formar uma rede de ensino coesa e eficiente, além de transformar a oferta educacional na intensidade necessária.

Entre os programas já em andamento, o vice-governador, Gabriel Souza, deu ênfase no Todo Jovem na Escola - que fornece o pagamento de uma bolsa mensal de R$150,00, vinculado à frequência escolar. Dados de uma avaliação promovida pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) indicam que 97% dos alunos que participaram do programa em 2022 deram continuidade nas atividades em 2023.
“Somos o Estado com o maior índice de evasão do Brasil, isso está diretamente relacionado com a nossa cultura de começar a trabalhar muito cedo”, salienta Souza. Desde a implementação, em 2021, o programa beneficiou mais de 235 mil estudantes, com um investimento de R$ 400 milhões até janeiro deste ano. Para ter acesso ao benefício é necessário retirar o cartão do programa, que está disponível até 28 de fevereiro, na Casa do Gaúcho.

Questionado sobre a permanência da agenda após a gestão atual, o governador Eduardo Leite destacou que “há pautas que precisam atravessar a divisão de governos, não existe política pública que consiga se consolidar em quatro anos, precisa ter algum grau de permanência”.

Ainda de acordo com o governador, duas vertentes estão interligadas diretamente com os municípios: a divisão do ICMS, com base no desenvolvimento da educação, e o Alfabetiza Tchê. O programa realiza uma avaliação diagnóstica dos anos iniciais. “A partir disso, verificamos a defasagem e as fragilidades. Utilizamos isso para orientar a formação de professores”.

Número de escolas com tempo integral deve dobrar até 2026

A agenda 2025-2035 da educação pública do Rio Grande do Sul é composta, principalmente, por oito itens, com destaque para a ampliação da inserção de jovens na economia. Segundo a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) a medida será aplicada a partir do Ensino Médio em tempo integral com a oferta de ensino profissional e técnico.

Atualmente, o Estado contabiliza 296 escolas de Ensino Médio de tempo integral, a meta é atingir 500 escolas já no próximo ano. O crescimento de forma mais expressiva deve ocorrer neste momento, pois, segundo a secretária de Educação Raquel Teixeira, o modelo já está consolidado. “A infraestrutura já está com condições de atender a demanda dessas escolas e temos trilhas de formação em processo de acompanhamento, por meio de mentorias”.

Atualmente, a implementação de escolas em tempo integral ocorre apenas em municípios com mais de uma instituição de ensino.“Quando há apenas uma escola, realizamos a implementação caso seja seja um pedido da comunidade, caso seja a única pode contribuir para evasão”, complementa o vice-governador.

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