Com a reconsideração da liminar que adiava o retorno às aulas até a próxima segunda-feira na rede estadual do Rio Grande do Sul, o ano letivo será iniciado nesta quinta-feira (13). Com isso, governo e Cpers fazem um balanço do impacto que esse adiamento teve para a Educação gaúcha.
Por meio das suas redes sociais, o governador Eduardo Leite afirmou acreditar que a reavaliação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) seria uma prova da urgência de se ver esses alunos de volta às salas de aula. Na sua avaliação, a administração pública havia dado às escolas a oportunidade de se preparem para a retomada na data prevista.
“A Secretaria de Educação dialogou com as coordenadorias regionais, com as escolas, dando autonomia para casos específicos de escolas que tenham especiais dificuldades pudessem fazer os ajustes necessários nos seus calendários para a retomado do ano letivo”, afirmou o chefe do executivo estadual.
De acordo com ele, o Programa Agiliza tinha botado o dinheiro direto na mão dos diretores, sob supervisão das comunidades escolares, para investimentos que incluem a aquisição de itens necessários às escolas, “inclusive para enfrentamento dessa onda de calor”. Leite destacou que o projeto injetou quase R$ 500 milhões com esses fins.
No entanto, a presidente do Centro dos Professores Estaduais do RS (Cpers Sindicato), Rosane Zan, destaca que a derrubada da liminar não pegou a categoria de surpresa, mas serviu para "abrir um debate na sociedade da importância de ter uma estrutura adequada nas escolas para receber os alunos e alunas, e principalmente os professores e funcionários de escola". Segundo a dirigente, "os termômetros mostraram temperaturas altíssimas nos últimos dois dias". E informa que a entidade continuará "na defesa intransigente pela qualidade da educação pública como um todo".
Por meio de nota, o TJRS destacou que a decisão foi baseada na "ausência de indicativos objetivos no sentido de eventual ilegalidade, ou mesmo falta de prevenção por parte do Estado do Rio Grande do Sul, a legitimar a intervenção judicial".