Garrafa d'água, protetor solar e tempo de descanso. Essas são as principais recomendações dos porto-alegrenses que trabalham na rua e precisam encarar o sol e as fortes temperaturas que assolam a capital do Rio Grande do Sul. Comerciantes, ambulantes, trabalhadores braçais em geral, dentre outros, estão diariamente sujeitos as alterações climáticas no ambiente profissional.
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De acordo com as informações da MetSul Meteorologia, a Região Metropolitana de Porto Alegre terá uma tarde de calor excessivo e marcas de 6ºC a 8ºC acima do que é normal para fevereiro. Na capital, a maioria dos bairros terá entre 35ºC e 37ºC. Alguns pontos, por efeito da ilha de calor urbano, podem ter mais.
Acostumado a trabalhar na rua há bastante tempo, Paulo Ricardo Lima se diz surpreendido pelo calor que tem sentido recentemente. "Vou ser honesto, para mim a temperatura que marca nos termômetros não condiz com a sensação térmica. Para mim, parece que está 50°C aqui onde estou", afirma o comerciante, enquanto procura uma sombra para se esconder.
Apesar das dificuldades, o Lima, que trabalha em uma banca de jornais, tenta ver a situação de maneira positiva. "Por um lado é bom esse sol, estou ficando até bronzeado, mas do jeito que está é demais. Uma vez li um texto de um professor afirmando que a temperatura iria aumentar em 2°C a cada ano, e tenho que concordar, me parece que está sempre pior", descreve.
Para o auxiliar de pedreiro, Marcelo Dias, nunca esteve tão quente. "Essa semana realmente está mais complicada. No nosso ramo, o calor faz parte, porém essa sensação de abafamento é algo que atrapalha demais. O jeito é buscar uma sombra quando possível e sempre deixar uma garrafinha ali do lado", avalia Dias.