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Publicada em 31 de Janeiro de 2025 às 17:38

Médicos de hospitais de Canoas podem entrar em paralisação nessa sexta-feira

Médicos do Hospital Universitário e do Hospital de Pronto Socorro de Canoas se reúnem para assembleia às 17h30min

Médicos do Hospital Universitário e do Hospital de Pronto Socorro de Canoas se reúnem para assembleia às 17h30min

Simers/Divulgação/JC
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Thiago Müller
Thiago Müller Repórter
O Hospital Universitário (HU) e o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) podem entrar em paralisação nesta sexta-feira (31), às 19 horas. De acordo com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), a medida ocorre após atraso no pagamento de médicos contratados pela prefeitura por meio de regime CNPJ para plantões e internações.
O atraso remonta ao menos desde outubro de 2024. No momento, a classe recebeu uma proposta da prefeitura e ainda deve analisá-la para decidir pelo ato. Segundo o órgão, estão sendo convocados os médicos do HU e HPSC para assembleia às 17h30min para deliberação sobre a proposta.
Os profissionais em contrato de Pessoa Jurídica tiveram os pagamentos realizados somente em parte, referente ao mês de outubro, no Hospital Universitário.
Caso entrem em paralisação, serão suspensas as internações no HU, mas mantendo atendimento aos pacientes já internados. Na instituição, há também serviços como obstetrícia e maternidade que são contratados por regime CLT. Estes, não terão nenhum tipo de restrição de atendimento.
Já no HSPC, nenhum salário desde outubro do ano passado foi pago até o momento. O presidente do Simers, Marcelo Matias, explica que escalas de anestesistas, neurocirurgiões e cirurgiões plásticos estão incompletas no local pela ausência de pagamento. Com o ato, porém, "determinadas especializações, especialmente a anestesia, podem suspender totalmente o atendimento, e isso acaba interferindo em várias outras especialidades". 
"Existe uma falta, inclusive, de insumos extremamente importantes para o exercício profissional com segurança da medicina em ambos os hospitais", ressalta o presidente do órgão. Na visão dele, essa falta também ocasiona risco para realização de atendimentos.
No Hospital de Pronto Socorro, médicos ainda pedem a quebra de contrato entre as duas partes devido ao atraso. Matias ressalta que, historicamente, o município de Canoas já realizou esse atraso. "Isso também é fruto da pejotização que precarizou a relação entre médicos e hospitais, de forma que os médicos PJ são justamente os que têm atraso em pagamento", complementa. 

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