A partir do mês de março, o serviço de ginecologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), na Zona Norte de Porto Alegre, será transferido para o Hospital Fêmina (HF), na região central, ambos fazem parte do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). A medida busca, principalmente, otimizar os espaços, além de unificar e agilizar os atendimentos.
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“Será possível disponibilizar horários de blocos cirúrgicos para outras equipes. Por exemplo, em setembro do ano passado, a cirurgia vascular estava com 61 pacientes internados e outros 35 na emergência. Todos com uma demora grande”, explica a gerente de Internações do Hospital Conceição, Lana Catani Ferreira Pinto.
No entanto, as tratativas para unificar os serviços de ginecologia do Grupo Hospitalar Conceição não são de agora. De acordo com a gerente de internações do Conceição, com a inauguração do Centro de Oncologia, em abril do ano passado, houve uma transferência do serviço que era realizado no Fêmina. Dessa forma, 30 leitos foram liberados no espaço.
Com a enchente, os leitos ociosos foram transformados em leitos de retaguarda - durante o período de seis meses, devido aos contratos emergenciais. “A partir disso, a direção começou a discutir a transferência dos pacientes de ginecologia para o Fêmina como melhor caminho, unificando o serviço”, detalha Lana.
Em média, uma paciente por dia chegou ao Hospital Conceição em busca de atendimentos ginecológicos, durante o ano de 2024. “Essa paciente foi encaminhada aos espaços adequados”, afirma. Desde o final de 2019, a emergência ginecológica do Conceição está fechada, ou seja, a transferência já ocorria de forma diária.
Em 2024, foram realizadas 149 cirurgias ginecológicas durante plantões no Conceição, “o que não dá um procedimento por dia”, reforça Lana. Destes, 62 eram procedimentos eletivos, 87 eram urgentes e 22 gestações ectópicas (de risco). O centro obstétrico do Hospital Conceição, no entanto, não sofrerá alterações.
No entanto, as tratativas para unificar os serviços de ginecologia do Grupo Hospitalar Conceição não são de agora. De acordo com a gerente de internações do Conceição, com a inauguração do Centro de Oncologia, em abril do ano passado, houve uma transferência do serviço que era realizado no Fêmina. Dessa forma, 30 leitos foram liberados no espaço.
Com a enchente, os leitos ociosos foram transformados em leitos de retaguarda - durante o período de seis meses, devido aos contratos emergenciais. “A partir disso, a direção começou a discutir a transferência dos pacientes de ginecologia para o Fêmina como melhor caminho, unificando o serviço”, detalha Lana.
Em média, uma paciente por dia chegou ao Hospital Conceição em busca de atendimentos ginecológicos, durante o ano de 2024. “Essa paciente foi encaminhada aos espaços adequados”, afirma. Desde o final de 2019, a emergência ginecológica do Conceição está fechada, ou seja, a transferência já ocorria de forma diária.
Em 2024, foram realizadas 149 cirurgias ginecológicas durante plantões no Conceição, “o que não dá um procedimento por dia”, reforça Lana. Destes, 62 eram procedimentos eletivos, 87 eram urgentes e 22 gestações ectópicas (de risco). O centro obstétrico do Hospital Conceição, no entanto, não sofrerá alterações.
Dez profissionais serão remanejados

Obras da emergência devem ser concluídas no final de fevereiro
Divulgação/GHC/JCNo último ano, o projeto de transferência do serviço de ginecologia do Hospital Conceição para o Fêmina foi apresentado durante reuniões com representantes da área médica, incluindo médicos, gestores e residentes. Alguns pontos ainda serão ajustados até a transferência completa. Ao todo, 10 profissionais serão remanejados.
Os profissionais do Conceição atuarão também sobreaviso. “Uma grande preocupação é não desassistir as mulheres. Quando unificamos os atendimentos, tanto a instituição quanto a população saem ganhando” salienta a gerente de Internação do Hospital Fêmina, Niva Martinez. A transferência dos serviços coincide com a reforma de algumas áreas do Fêmina.
Duas obras foram realizadas recentemente. No dia 6 de janeiro, o bloco cirúrgico foi reaberto. Ao todo, foram investidos R$ 1,5 milhão, incluindo a aquisição de equipamentos. Já a obra da emergência ginecológica e obstétrica segue em andamento, com previsão de ser concluída no final de fevereiro. Uma das principais inovações, segundo Niva Martinez, é a construção de uma sala para procedimentos cirúrgicos especiais, além da ampliação dos leitos de recuperação. O investimento nesta área é de R$ 1 milhão.
Os profissionais do Conceição atuarão também sobreaviso. “Uma grande preocupação é não desassistir as mulheres. Quando unificamos os atendimentos, tanto a instituição quanto a população saem ganhando” salienta a gerente de Internação do Hospital Fêmina, Niva Martinez. A transferência dos serviços coincide com a reforma de algumas áreas do Fêmina.
Duas obras foram realizadas recentemente. No dia 6 de janeiro, o bloco cirúrgico foi reaberto. Ao todo, foram investidos R$ 1,5 milhão, incluindo a aquisição de equipamentos. Já a obra da emergência ginecológica e obstétrica segue em andamento, com previsão de ser concluída no final de fevereiro. Uma das principais inovações, segundo Niva Martinez, é a construção de uma sala para procedimentos cirúrgicos especiais, além da ampliação dos leitos de recuperação. O investimento nesta área é de R$ 1 milhão.
A emergência conta com cinco consultórios, quatro leitos, um leito de urgência, cinco salas no bloco cirúrgico e o bloco de recuperação. Entre setembro e outubro deste ano, será implementada mais uma sala cirúrgica. Com a transferência, “a expectativa é que ocorra um aumento de atendimentos”, ressalta Niva.
O espaço fica localizado no térreo. Até a finalização das obras, a emergência está alocada no terceiro andar. “Temos a maior emergência ginecológica e obstétrica do Rio Grande do Sul. Mensalmente, são realizados de cinco a seis mil atendimentos”.
O espaço fica localizado no térreo. Até a finalização das obras, a emergência está alocada no terceiro andar. “Temos a maior emergência ginecológica e obstétrica do Rio Grande do Sul. Mensalmente, são realizados de cinco a seis mil atendimentos”.
Plano de Contingência deve estar pronto antes da transferência, diz Cremers
Os detalhes da transferência ainda não estão completamente definidos, de acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers). “Sempre nos preocupa o fechamento de algum serviço, e se trata do fechamento de um serviço de excelência na Zona Norte. Nossa grande preocupação é como se dará o atendimento dessas pacientes”, pontua o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.
Nos últimos dias, o conselho enviou um ofício para a instituição. “Como vai dar o seguimento dos pacientes que já se tratavam no Conceição? Como serão atendidas eventuais complicações? Terá um sobreaviso?”, questiona Trindade. De acordo com ele, o Plano de Contingência precisa estar pronto antes da transferência.
Nos últimos dias, o conselho enviou um ofício para a instituição. “Como vai dar o seguimento dos pacientes que já se tratavam no Conceição? Como serão atendidas eventuais complicações? Terá um sobreaviso?”, questiona Trindade. De acordo com ele, o Plano de Contingência precisa estar pronto antes da transferência.