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Publicada em 09 de Dezembro de 2024 às 20:58

2024 é o ano mais quente da história da humanidade

Novembro de 2024 foi o 16º mês em que a temperatura média global da superfície do ar superou 1,5°C de diferença em relação aos níveis pré-industriais

Novembro de 2024 foi o 16º mês em que a temperatura média global da superfície do ar superou 1,5°C de diferença em relação aos níveis pré-industriais

/INA FASSBENDER/AFP/JC
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Folhapress
Com a confirmação de que novembro foi mais um mês com temperaturas escaldantes, agora já é dado por certo que 2024 será o ano mais quente da história da humanidade, segundo o observatório Copernicus, da União Europeia. Desde o começo do segundo semestre, os cientistas europeus já vinham chamando a atenção para a alta probabilidade de que o recorde global de temperaturas, estabelecido em 2023, fosse superado neste ano.
Com a confirmação de que novembro foi mais um mês com temperaturas escaldantes, agora já é dado por certo que 2024 será o ano mais quente da história da humanidade, segundo o observatório Copernicus, da União Europeia. Desde o começo do segundo semestre, os cientistas europeus já vinham chamando a atenção para a alta probabilidade de que o recorde global de temperaturas, estabelecido em 2023, fosse superado neste ano.
Embora fosse bastante improvável, ainda era matematicamente possível evitar esse cenário se os termômetros registrassem valores bem mais baixos do que os anteriores durante últimos meses de 2024. Os dados revelados nesta segunda-feira (9) mostram, porém, que isso não aconteceu. De janeiro a novembro deste ano, as temperaturas médias globais ficaram 0,72°C acima da média de 1991 a 2020 - o maior valor já registrado para esse intervalo e 0,14°C superior ao mesmo período de 2023.
O mês passado foi o segundo novembro mais quente da história, atrás apenas daquele de 2023. A temperatura global média da superfície do ar foi de 14,10°C, o que representa 1,62°C acima do nível pré-industrial.
Os valores relativos ao período de 1850 a 1900 - antes da Revolução Industrial e dos efeitos do aquecimento potencializado pela emissão em larga escala de gases de efeito estufa- são considerados pelos pesquisadores o padrão para avaliar as mudanças de temperatura no planeta.
Novembro de 2024 foi o 16º mês, em um período de 17 meses, em que a temperatura média global da superfície do ar superou 1,5°C de diferença em relação aos níveis pré-industriais. Esse valor é considerado pelos cientistas como o limite para evitar as piores consequências do aquecimento global e é também a meta preferencial pactuada no Acordo de Paris, de 2015. Ainda que os números sejam motivo de alerta, cientistas afirmam que o limite de 1,5°C de aquecimento ainda não foi definitivamente ultrapassado. Para isso, seriam necessários vários anos com valores acima desse patamar. De acordo com o levantamento, nas condições atuais, o planeta se encaminha para um aumento de temperatura de até 3,1°C.
Segundo os dados do Copernicus, novembro também foi marcado por altas temperaturas nos oceanos. A média da superfície do mar na faixa de latitude entre 60°S e 60°N - que abrange a maior parte dos oceanos, excluindo as regiões polares- foi de 20,58°C. Esse é o segundo número mais alto registrado para o mês, abaixo apenas 0,13°C do documentado em novembro de 2023.
 

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